O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro decidiu esta terça-feira a favor de um pedido da defesa de Lula da Silva para que esta instância judicial declarasse o juiz Sérgio Moro suspeito de ter sido parcial na condução do processo por corrupção movido contra o antigo presidente, a operação conhecida por Lava Jato. Com três votos a favor e dois contra, o STF decidiu dar razão a Lula, o que faz o 'caso do triplex' do Guarajá regressar à estaca zero.

A votação favorável deve-se à mudança de posição assumida pela juíza Cármen Lúcia que, em 2018, tinha alinhado pela declaração de imparcialidade do juiz e ex-ministro da Justiça no governo liderado por Jair Bolsonaro. O processo terá de ser reiniciado e, de acordo com a imprensa brasileira, as provas usadas por Sérgio Moro dificilmente poderão ser utilizadas, já que a sua conduta foi agora considerada suspeita de não ter sido imparcial.

O veredicto tomado esta terça-feira reforça a anulação das condenações a que Lula foi sujeitado, decidida há cerca de duas semanas. O antigo presidente viu serem repostos os seus direitos políticos e tem o caminho aberto para ser candidato às eleições presidenciais que se realizam em outubro de 2022.