Jair Bolsonaro, considerou na quarta-feira que a grande operação anticorrupção que ajudou a levá-lo ao poder já não tem razão de ser, e por isso ele terminou-a.
Numa cerimónia em Brasília onde anunciou medidas para a aviação civil, o Presidente brasileiro afirmou: "É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no Governo".
A Lava Jato, que pôs a descoberto esquemas de gigantescos de corrupção envolvendo subornos pagos por empresas como a Petrobrás e a Odebrecht, levando à cadeia políticos tão eminentes como o antigo presidente do Brasil, Lula da Silva, teve como figura proeminente o juiz Sérgio Moro que depois integrou o Governo brasileiro como ministro da Justiça.
Moro acabou por se demitir por Bolsonaro ter decidido exonerar o chefe da polícia federal, tido como próximo do juiz - uma decisão suscetível de ter efeito em investigações envolvendo filhos do Presidente.
As declarações agora feitas por Bolsonaro surgem a propósito da nomeação para o supremo tribunal do país de um juiz que defendeu "ajustes" nos métodos aplicados pelos magistrados e investigadores da Lava Jato. Os grupos de trabalho da operação também poderão em breve ser dissolvidos.