Foi uma vitória tangencial mas, ainda assim, uma vitória. O Presidente da Polónia, Andrzej Duda, conseguiu este domingo garantir um segundo mandato, com 51,2% dos votos, contra os 48,8% do liberal e presidente da Câmara de Varsóvia, Rafał Trzaskowski. Durante a campanha eleitoral, Duda prometeu continuar a apoiar a agenda legislativa do partido no poder, o Lei e Justiça (PiS), enquanto Trzaskowski se assumiu como o rosto da mudança no país. “Embora o resultado tenha sido à justa, o impacto na paisagem política polaca será indiscutível”, garante Adam Bartha, diretor do EPICENTER – Centro de Informações de Política Europeia.
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Polónia “deverá continuar a adotar o ‘modelo de Budapeste’ de governação”
Apoiado pelo partido no poder e pela Igreja Católica, Andrzej Duda será Presidente da Polónia por mais cinco anos. O país voltará a ter a UE à perna, por causa da falta de independência do judiciário e dos atropelos ao Estado de Direito, mas há quem aponte o dedo à “dualidade de critérios” da maior família política europeia. Apesar do recrudescimento da democracia iliberal, como acontece na Hungria, os mais jovens poderão ser o instrumento de mudança