Internacional

Coronavírus. China conclui construção de hospital, avança para outro e balanço é agora de 362 mortos

A nova unidade hospitalar dispõe de mil camas, estando já a ser construída uma outra com capacidade para 1.500 doentes. Os habitantes de Hubei, província onde surgiu a epidemia, não deverão regressar ao trabalho antes do dia 13 e o reinício das aulas também foi adiado. Os mercados chineses abriram em forte queda na sua primeira sessão desde 23 de janeiro

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A China terminou a construção de um hospital com mil camas para os doentes do novo coronavírus, que já causou 362 mortos e mais de 17 mil infetados no país e no estrangeiro. A informação foi avançada esta segunda-feira pelas autoridades chinesas.

Em Wuhan, capital da província de Hubei e epicentro do surto, além do novo hospital, está já a ser construída uma segunda unidade com 1.500 camas.

Os habitantes de Hubei, no centro da China, não deverão regressar ao trabalho antes do dia 13. O reinício das aulas também foi adiado.

Segundo a agência oficial de notícias Xinhua, a Força Aérea do Exército de Libertação Popular está a enviar equipas médicas militares e mantimentos para Wuhan.

um membro de cada família pode sair à rua de dois em dois dias

As restrições em Wuhan foram reforçadas. As autoridades decidiram que apenas um membro de cada família pode sair à rua para comprar bens essenciais de dois em dois dias.

Outras cidades continuam isoladas, com sérias restrições ao nível das viagens. O país enfrenta igualmente um crescente isolamento internacional devido ao cancelamento ou condicionamento de voos de e para cidades chinesas.

Desde dezembro, já surgiram 17.205 casos da doença em toda a China. Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde declarou o vírus uma emergência de saúde pública internacional.

Entretanto, os médicos de Hong Kong aprovaram uma greve para forçar as autoridades do território a fecharem os acessos à China. A medida deverá suspender o atendimento em serviços não urgentes a partir desta segunda-feira.

Casos confirmados em mais de 20 países

No domingo, morreu a primeira pessoa infetada fora da China, nas Filipinas. Era um cidadão chinês de 44 anos, natural de Wuhan.

Além do território continental da China e das regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 países.

Os mercados chineses abriram esta segunda-feira em forte queda na sua primeira sessão desde 23 de janeiro, refere a agência Reuters.

Portugueses vindos de Wuhan em isolamento durante duas semanas

Um avião da Força Aérea Portuguesa transportou no domingo para Lisboa um grupo de 20 pessoas – 18 portugueses e duas cidadãs brasileiras – retiradas de Wuhan.

O Ministério da Saúde vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan vão ficar em “isolamento profilático” voluntário durante 14 dias e fazer análises para despistar o novo coronavírus.

Durante esse período, não poderão receber visitas.

A Direção-Geral da Saúde fará um boletim clínico diário sobre o grupo e a tutela realizará também uma conferência de imprensa diária para dar conta da evolução da situação.

Nova Zelândia proíbe entrada de estrangeiros provenientes da China

A Nova Zelândia proibiu esta segunda-feira a entrada no país, por 14 dias, de estrangeiros de qualquer nacionalidade provenientes da China para impedir a propagação do novo coronavírus.

Até ao momento, nenhum infetado pelo novo coronavírus foi registado na Nova Zelândia.

No domingo, a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, anunciou a medida, que será revista a cada 48 horas, e garantiu que para aqueles que já estão a viajar com destino ao país, as fronteiras estarão fechadas à chegada.

“É de vital importância proteger os neozelandeses do vírus, bem como participar no esforço global para o conter. Somos a porta de entrada para as nações do Pacífico e isso também foi considerado na nossa decisão”, sublinhou Ardern sobre a medida, adotada também por outros países, como a Austrália e os EUA.

Apesar da proibição, o diário “The New Zeland Herald” noticiou que os voos procedentes da China continuam a aterrar, embora as autoridades fronteiriças neozelandesas apenas permitam o desembarque de cidadãos do país. Depois do desembarque, estas pessoas são sujeitas a exames médicos.

Notícia atualizada às 8h35