O ex-presidente da Nissan e da Renault, Carlos Ghosn, terá fugido para o Líbano de forma a evitar o julgamento no Japão, avança o jornal “L'Orient Le Jour”.
Segundo a publicação, testemunhas relatam ter visto esta segunda-feira o empresário franco-brasileiro de origem libanesa chegar a Beirute a bordo de um avião privado que partiu da Turquia.
Em abril, Carlos Ghosn saiu da prisão em Tóquio, mediante o pagamento de uma caução. O empresário ficou em regime domiciliário, impedido de sair o país e de contactar a mulher, pelo que se desconhece como conseguiu escapar das autoridades nipónicas.
A defesa do antigo líder da Nissan alegou sempre que as medidas de coação eram contrárias à Constituição do Japão e ao Direito Internacional.
Carlos Ghosn foi detido em novembro de 2018, libertado sob fiança em março e novamente detido em abril, sob suspeitas de fraude contra o fabricante automóvel japonês. O empresário é acusado dos crimes de desvio de dinheiro, fraude fiscal e gestão danosa.
Entretanto, o governo francês anunciou em junho que vai apresentar à justiça todas as provas sobre alegados gastos suspeitos do ex-presidente da Renault-Nissan, o que poderá dar origem a um novo processo contra Carlos Ghosn.