O resultado das cimeiras de Donald Trump e Kim Jung Un é fraco a avaliar pelo estado da relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, no momento em que se aguardam os próximos testes nucleares que se anunciam para breve. É o que conclui o "New York Times" num artigo em que dá conta do que apuram agentes de informação e militares norte-americanos, que seguem os movimentos da Coreia do Norte.
Ao que tudo indica, a ausência de diálogo diplomático foi aproveitada pelos norte-coreanos para desenvolverem o seu programa nuclear e parece iminente um novo teste de mísseis balísticos capazes de alcançar a costa os Estados Unidos. Aparentemente, Washington não tem como evitar o teste.
As autoridades norte-coreanas prometeram um "presente de Natal" caso não houvesse progresso no levantamento das sanções impostas à Coreia do Norte. Os analistas são claros ao concluir que este poderá ser um duro golpe na política externa agressiva com a qual Trump chegou a prometer ripostar, há dois anos, com "fogo e fúria", abrindo o discurso à possibilidade de uma guerra.
No presente, parece não haver nenhuma decisão de intercetar no ar ou ripostar aos eventuais testes norte-coreanos. Como descreve o NYT, as autoridades norte-americanas dizem que se a Coreia reiniciar os seus testes com mísseis, a administração Trump voltará a virar-se para os seus aliados fazendo lóbi no Conselho de Segurança das Nações Unidas para a imposição de mais sanções, uma estratégia que vem a ser usada há 20 anos.
Como lembra o NYT, "nos 18 meses após o primeiro encontro de Trump e Kim em Singapura, o Norte fortaleceu o seu arsenal de mísseis e de material nuclear para uma bomba".