Quatro dias após a erupção do vulcão Whakaari da White Island, na Nova Zelândia, prossegue a operação de resgate dos corpos, apesar dos alertas das autoridades face à hipótese de uma nova erupção. De acordo com as previsões do site GeoNet, disponíveis esta quinta-feira, existe uma probabilidade de 50 a 60% de ocorrer outra erupção nas próximas 24 horas. Ontem, o vulcão voltou a libertar mais vapor e cinzas, adiando a operação de resgate.
As autoridades explicam que têm em curso uma operação para a recuperação rápida dos cadáveres das vítimas, que acreditam ser oito, embora ainda só tenham sido localizados seis durante a operação de vigilância aérea.
À partida, oito elementos do Exército neozelandês vão deslocar-se na sexta-feira de manhã à ilha com esse propósito, mas a operação estará dependente das condições climatéricas. “Não se trata de operação sem riscos”, admitiu o comissário da polícia neozelandesa Mike Clement, citado pela BBC.
Entretanto, as famílias desesperam à espera do fim da operação e realizam vigílias em homenagem às vítimas. Pelo menos 16 pessoas morreram na segunda-feira, na sequência da erupção do vulcão Whakaari na White Island, de acordo com o último balanço das autoridades.
Das 34 pessoas que foram resgatadas com vida da ilha, a maioria apresenta ferimentos graves e continua internada numa unidade de cuidados intensivos. Algumas das vítimas têm cerca de 30% do corpo queimado e deverão necessitar de transplantes de pele.
Entretanto, já foi aberta uma investigação sobre as mortes ocorridas na ilha na sequência da erupção do vulcão. A empresa de cruzeiros norte-americana Royal Caribbean descrevia a excursão à ilha no seu site como “um passeio inesquecível pelo vulcão mais ativo da Nova Zelândia”. Apesar dos alertas, os turistas ignoraram os riscos associados à visita à White Island.