Internacional

Chefe de campanha de Trump forjou teoria de que Ucrânia “hackeou” e-mails democratas

Novos documentos do relatório Mueller indicam que Paul Manafort forjou a teoria de que a Ucrânia - e não a Rússia - acedeu aos servidores do Partido Democrata durante a corrida presidencial de 2016

Alex Wong / Getty Images

Tudo parecia arrumado quando, em março, o procurador Robert Mueller concluiu que as suspeitas, resultantes da investigação para apurar uma eventual conspiração entre a Rússia e o Partido Republicano para interferir na campanha presidencial americana de 2016, não eram sólidas. Mas o polémico relatório Mueller conheceu, este sábado, um novo capítulo: 500 páginas de entrevistas e e-mails do processo de investigação do FBI foram tornados públicos.

Os novos documentos mostram que Paul Manafort, antigo chefe de campanha de Trump, impulsionou a teoria de que teria sido a Ucrânia e não a Rússia a aceder aos servidores do comité central do Partido Democrata.

Os mesmos documentos, entregues ao BuzzFeed após uma longa batalha judicial, inclui o inquérito dos investigadores a Rick Gates, vice-presidente de campanha do atual Presidente dos EUA, onde afirmou que Manafort especulou sobre a responsabilidade da Ucrânia na usurpação da correspondência democrata.

Os novos dados desvelam também que o ex-conselheiro Steve Bannon recebeu, da parte de um ativista conservador, uma proposta para obter e analisar os e-mails de Hillary Clinton.

De acordo com as novas informações, Donald Trump esteve sempre a par, chegando mesmo a pressionar Rick Gates, dizendo-lhe: “Get the e-mails! [Arranja os e-mails]”