O secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo classificou esta quarta-feira de “ato de guerra” os ataques que tiveram como alvo no sábado duas instalações petrolíferas sauditas, voltando a atribuir responsabilidades ao Irão.
“Este é um ataque de uma escala que nunca vimos antes. A Arábia Saudita foi a nação que foi atingida, o ataque ocorreu no território do país. Foi um ato de guerra contra o país”, afirmou Mike Pompeo esta tarde, em Jeddah, durante uma visita á Arábia Saudita.
O secretário de Estado dos EUA sublinhou que os ataques têm “as impressões digitais” de Ali Khamenei, o líder supremo do Irão, e que os ataques tiveram origem no norte e não no sul, embora tenham sido reivindicados pelos rebeldes Houthis.
Os serviços de informações dos EUA garantem que foi o Irão que esteve por detrás dos ataques perpetrados há quatro dias contra a fábrica de Abqaiq e a jazida de Khurais, no leste da Arábia Saudita, e que os rebeldes Houthis estão a reclamar responsabilidade por algo que não fizeram.
Riade junta-se à missão de segurança marítima
Entretanto, a Riade anunciou esta quarta-feira que vai juntar-se à missão de segurança marítima liderada pelos Estados Unidos, na sequência dos ataques contra importantes instalações petrolíferas sauditas, enquanto Washington decretou o aumento substancial das sanções contra o Irão.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Moussavi, reafirmou que as acusações são “absurdas” e prometeu uma resposta a uma eventual intervenção militar dos EUA.
Na segunda-feira, a administração de Donald Trump recorreu a imagens de satélite para sustentar que a responsabilidade desses ataques cabe ao Irão, através de 17 pontos sinalizados nas instalações petrolíferas.
“A precisão e sofisticação destes ataques vai mais além da capacidade dos rebeldes Houthis. Tudo indica que o ataque teve origem no norte do Golfo Pérsico e que terão sido utilizados tanto drones, como mísseis de cruzeiro ”, declarou na altura um funcionário da administração dos EUA.