Os deputados do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do Partido Democrático (PD) e do Khunto anunciaram esta segunda-feira a anulação do processo de aquisição de novas viaturas para os parlamentares, na sequência de protestos de estudantes universitários e da sociedade civil.
“Decidimos em conjunto, as três bancadas, e entendemos pedir ao Parlamento Nacional a anulação de todo o processo relativo à aquisição de viaturas para os deputados”, afirmou o porta-voz das bancadas, Patrocínio Fernandes, do CNRT, partido liderado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
A manifestação, organizada por estudantes de quatro universidades timorenses e apoiada por elementos da sociedade civil, contestava as regalias atribuídas aos 65 deputados, incluindo a decisão de adquirir viaturas no valor superior a três milhões de dólares. O protesto em frente ao Parlamento foi disperso pela polícia com gás lacrimogéneo e balas de borracha, após confrontos que envolveram arremesso de pedras e outros objetos. Apesar da intervenção policial, os manifestantes voltaram a reunir-se no mesmo local, sem novos incidentes registados.
Patrocínio Fernandes explicou que a decisão das bancadas implica a suspensão, durante a presente legislatura, da verba de 3,5 milhões de euros inscrita no Orçamento de Estado para a compra de viaturas. Sublinhou, contudo, que a medida “não resulta de pressão externa, mas de uma análise interna às preocupações manifestadas pelos próprios deputados”, reconhecendo também a sensibilidade da opinião pública.
Na conferência de imprensa participaram igualmente Armando dos Santos Lopes, presidente da bancada do PD, e António Verdeal, líder parlamentar do Khunto.
O porta-voz recordou que a intenção de renovar a frota parlamentar tinha como fundamento o estatuto dos deputados, que prevê condições adequadas ao exercício do mandato, incluindo transporte. No entanto, admitiu que o mau estado dos veículos existentes e os custos de manutenção tinham alimentado o debate, mas acabaram por não justificar a despesa num contexto de fortes críticas sociais.
O Parlamento timorense integra ainda a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) e o Partido da Libertação Popular (PLP). O líder da oposição e secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, já tinha alertado na semana passada para a gravidade da situação, pedindo ao Governo que desse prioridade à resolução dos problemas sociais e políticos do país.
“Eu digo sempre que a situação no nosso país hoje pode parecer melhor, mas todos sabemos que os problemas se acumulam. Podemos dizer que estamos a entrar numa situação de ‘bomba-relógio’”, afirmou, dirigindo-se em particular às preocupações manifestadas pelos estudantes universitários.
Os deputados do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), do Partido Democrático (PD) e do Khunto anunciaram esta segunda-feira a anulação do processo de aquisição de novas viaturas para os parlamentares, na sequência de protestos de estudantes universitários e da sociedade civil.
“Decidimos em conjunto, as três bancadas, e entendemos pedir ao Parlamento Nacional a anulação de todo o processo relativo à aquisição de viaturas para os deputados”, afirmou o porta-voz das bancadas, Patrocínio Fernandes, do CNRT, partido liderado pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão.
A manifestação, organizada por estudantes de quatro universidades timorenses e apoiada por elementos da sociedade civil, contestava as regalias atribuídas aos 65 deputados, incluindo a decisão de adquirir viaturas no valor superior a três milhões de dólares. O protesto em frente ao Parlamento foi disperso pela polícia com gás lacrimogéneo e balas de borracha, após confrontos que envolveram arremesso de pedras e outros objetos. Apesar da intervenção policial, os manifestantes voltaram a reunir-se no mesmo local, sem novos incidentes registados.
Patrocínio Fernandes explicou que a decisão das bancadas implica a suspensão, durante a presente legislatura, da verba de 3,5 milhões de euros inscrita no Orçamento de Estado para a compra de viaturas. Sublinhou, contudo, que a medida “não resulta de pressão externa, mas de uma análise interna às preocupações manifestadas pelos próprios deputados”, reconhecendo também a sensibilidade da opinião pública.
Na conferência de imprensa participaram igualmente Armando dos Santos Lopes, presidente da bancada do PD, e António Verdeal, líder parlamentar do Khunto.
O porta-voz recordou que a intenção de renovar a frota parlamentar tinha como fundamento o estatuto dos deputados, que prevê condições adequadas ao exercício do mandato, incluindo transporte. No entanto, admitiu que o mau estado dos veículos existentes e os custos de manutenção tinham alimentado o debate, mas acabaram por não justificar a despesa num contexto de fortes críticas sociais.
O Parlamento timorense integra ainda a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) e o Partido da Libertação Popular (PLP). O líder da oposição e secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, já tinha alertado na semana passada para a gravidade da situação, pedindo ao Governo que desse prioridade à resolução dos problemas sociais e políticos do país.
“Eu digo sempre que a situação no nosso país hoje pode parecer melhor, mas todos sabemos que os problemas se acumulam. Podemos dizer que estamos a entrar numa situação de ‘bomba-relógio’”, afirmou, dirigindo-se em particular às preocupações manifestadas pelos estudantes universitários.