Roberto Marrero, chefe de gabinete de Juan Guaidó, que se proclamou Presidente interino da Venezuela, terá sido detido esta quinta-feira pelos serviços secretos venezuelanos (SEBIN). A informação foi avançada pela Reuters, que cita a oposição ao regime de Nicolás Maduro.
O mesmo terá acontecido a Sergio Vergara, deputado da oposição. No Twitter, Guaidó denunciou que cerca das 2h00 locais (6h00 em Lisboa) da madrugada desta quinta-feira, a polícia entrou na residência de um e de outro, em Caracas, e fez buscas.
Sergio Vergara já falou aos jornalistas e contou como tudo terá acontecido: segundo ele, cerca de 15 agentes encapuzados entraram em sua casa e imobilizaram-no, de rosto virado para o chão. Perguntaram-lhe se estaria sozinho e qual a morada de Roberto Marrero, seu vizinho.
O deputado ter-lhes-á dito várias vezes que estavam a violar um direito constituicional, o da sua “imunidade parlamentar”, mas ainda assim foi mantido em casa durante cerca de duas horas. Os agentes dirigiram-se depois a casa de Roberto Marrero, de quem ainda não há notícias
Tanto Roberto Marrero como Sergio Vergara acompanharam recentemente Guaidó numa viagem a países da América Latina para aumentar o apoio internacional e tentar tirar Maduro da Presidência venezuelana.
Na semana passada, o procurador-geral de Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a abertura de uma investigação a Guaidó por suspeita de envolvimento no ataque à rede elétrica que deixou Caracas e outras cidades durante vários dias às escuras e com comunicações limitadas.
Assim que surgiram as primeiras notícias do tal apagão, Maduro acusou de imediato Guaidó e os EUA de estarem a tentar sabotar o sistema elétrico do país.
[NOTÍCIA ATUALIZADA ÀS 11h15]