Geddel Vieira de Lima, ministro da Secretaria do Governo e considerado o braço direito do Presidente Temer apresentou ontem a sua demissão. Acusado de pressionar o seu ex-colega da Cultura para desembargar um apartamento em Salvador, Geddel é também citado nas denúncias da Lava Jato e torna-se o sexto ministro a sair em sete meses de Governo Temer.
Depois da demissão do ministro da Cultura, Marcelo Celero, na sexta-feira passada a situação de Geddel era considerada insustentável até em meios próximos do Governo. A cabeça de Geddel foi pedida em editorial esta semana pelos dois principais jornais brasileiros, o “Estado de São Paulo” e a “Folha”.
No dia seguinte a demitir-se, o ex-responsável da Cultura apresentou queixa na Polícia Federal contra Geddel por este o ter pressionado para levantar o embargo decretado pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional. Na denúncia, Marcelo Calero afirmou também ter sido pressionado para resolver o assunto pelo Chefe da Casa Civil da Presidência, Eliseu Padilha e pelo próprio Michel Temer.
O processo contra Geddel Vieira de Lima já foi enviado para o Supremo Tribunal que ainda não se pronunciou pela abertura de uma investigação.