O antigo secretário de Estado Sérgio Monteiro negou esta quarta-feira ter tido conhecimento da indemnização paga à antiga administradora da CP e atual secretária de Estado da Mobilidade Cristina Dias e garantiu que não houve qualquer aprovação da sua parte.
"Se nós tínhamos conhecimento de qualquer indemnização atribuída a partir da nomeação [para a AMT]? [...] a resposta é não, nem desta nem das outras 3.000 rescisões e indemnizações que aconteceram no setor que eu tinha a responsabilidade de tutelar", afirmou o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, tendo sido chamado por requerimento do Chega, uma vez que exercia funções governativas na altura da saída de Cristina Dias da CP - Comboios de Portugal.
O antigo governante garantiu que "nunca, nenhuma indemnização, valor, foi à secretaria de Estado para aprovação".
"Não houve qualquer aprovação da minha parte, nem formal, nem por meios telemáticos", assegurou Sérgio Monteiro.
O jornal Correio da Manhã noticiou, em 19 de abril, que Cristina Pinto Dias, atual secretária de Estado da Mobilidade, saiu da CP em julho de 2015, com uma indemnização de cerca de 80.000 euros, e foi depois ganhar como administradora da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), convidada pelo governo PSD/CDS-PP, um salário e despesas de representação na ordem dos 13.440 euros por mês, quase o dobro dos 7.210 euros que recebia na CP.