Transportes

Metro de Lisboa recebe cinco propostas para extensão da linha vermelha a Alcântara

Cinco consórcios apresentaram as suas propostas para a empreitada de prolongamento da linha vermelha do Metro de Lisboa a Alcântara, na zona ocidental da cidade, com preços entre 306 e 345 milhões de euros

Cinco consórcios apresentaram as suas propostas para a obra de prolongamento da linha vermelha do Metropolitano de Lisboa, obra do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que deverá ser concluída até 31 de dezembro de 2026, e nem mais um dia.

Os consórcios em questão são a espanhola FCC e a Alberto Couto Alves; a Mota-Engil e a sucursal em Portugal da francesa SPIE Batignolles; a espanhola Acciona e a DST; e a Zagope em associação com a espanhola COMSA/Fergrupo. A Teixeira Duarte, a Casais, a Alves Ribeiro, a Tecnovia, a EPOS e a Somafel compõem o único consórcio de empresas exclusivamente português.

Neste concurso público lançado em janeiro de 2023, o Metro definiu 330 milhões de euros como preço-base para a empreitada que ligará a estação de São Sebastião a Alcântara. Os consórcios fizeram propostas mais baratas e acima desse preço, entre os 306 milhões de euros e os 345 milhões de euros, segundo a transportadora.

O financiamento total reservado para esta obra é de 405,4 milhões de euros, com 304 milhões de euros provenientes do PRR e 101 milhões de euros de financiamento do Estado.

A extensão da linha vermelha vai ligar a estação de São Sebastião a Alcântara, que terá uma estação à superfície; com estações intermédias nas Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique e na Avenida Infante Santo, todas subterrâneas. O prolongamento, de um total de quatro quilómetros, é um dos investimentos emblemáticos do PRR na capital.

O traçado previsto provocou contestação entre alguns habitantes do bairro de Campo de Ourique. Prevê ainda demolições de património como edifícios residenciais na zona de Alcântara. E, apesar das preocupações de associações locais, o Metro garante que o Baluarte do Livramento, uma construção militar do século XVII que terá o novo viaduto a passar perto, será preservado e requalificado.

“Enquanto projeto estruturante para a Área Metropolitana de Lisboa, o Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa tem como objetivo contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade, fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável”, explica o Metro em comunicado.

O Ministério do Ambiente estimou que os prolongamentos da rede em curso - o da linha vermelha e o da linha circular, que deverá terminar as obras em 2025 - signifiquem menos 29 mil toneladas de dióxido de carbono emitidos para a atmosfera, por via da redução do uso do transporte particular na cidade.