Exclusivo

Trabalho

Teste à semana de quatro dias: "Mais importante do que o número é a diversidade de sectores", diz o coordenador

Coordenador do projeto-piloto que visa testar a semana de trabalho mais curta em Portugal recusa que a adesão das empresas tenha ficado aquém do esperado. Experiência nacional arrancou esta segunda-feira, com 39 empresas e mil trabalhadores, menos 19 mil do que os inicialmente anunciados. Aderiram uma creche, um centro social, um centro de investigação, um banco de células estaminais, o sector social, indústria e comércio

Pedro Gomes garante que o projeto-piloto da semana de quatro dias em Portugal “foi desenhado de forma muito prudente”
Camille-BR

A terceira fase do projeto-piloto promovido pelo Governo para testar a viabilidade de uma semana de trabalho mais curta em Portugal chegou ao terreno esta segunda-feira, 5 de junho. De perto de 100 empresas candidatas na primeira fase, foram selecionadas 46, abrangendo um universo total de 20 mil trabalhadores, mas só 39 avançaram para a implementação da experiência que será, por isso, mais modesta, abrangendo mil trabalhadores do sector privado.

Pedro Gomes, economista, professor da Universidade de Londres - Birkbeck, e coordenador do projeto-piloto nacional desdramatiza os números. Em declarações ao Expresso, sublinha que o número de empresas aderentes em Portugal “compara bem com os pilotos desenvolvidos nos países anglosaxónicos, que contaram com 20 a 35 empresas”. E nota: “apenas o Reino Unido contou com 61, mas estamos a falar de uma economia dez vezes maior”.