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Número de mulheres no topo das empresas cotadas em Portugal nunca foi tão alto, mas ainda há um "travão" nos cargos executivos

Alcançando os 33,3%, Portugal está ligeiramente acima da média da UE no que respeita à percentagem global de mulheres em cargos de administração nas empresas cotadas em bolsa, mas grande parte ocupa cargos não-executivos. De modo a alcançar números equivalentes aos do topo da Europa, a legislação em torno da paridade de género em cargos de gestão terá de ser reforçada, disse ao Expresso Sara Falcão Casaca, professora do ISEG. Hoje é Dia Internacional da Mulher

As mulheres ganharam terreno nos conselhos de administração das empresas, mas maioritariamente em funções não executivas
Martin Barraud

A trajetória ascendente no que respeita ao número de mulheres nos órgãos de administração das empresas portuguesas cotadas na bolsa é evidente, mas os últimos números da União Europeia (UE) nesta matéria não deixam, contudo, de mostrar enormes disparidades entre os países e alguns sinais de alerta.

Se, em 2022, Portugal até esteve ligeiramente acima da média da UE no que toca à percentagem global de mulheres em cargos de administração - 33,3% face a 32,2% - no indicador correspondente ao número de mulheres que exercem cargos executivos, como o de CEO, ficou aquém da média dos 27 Estados-membros - 19,7% contra 21,1%.