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Vinho tinto ou vinho branco: ferramentas para investir em ações

Desde a análise dos relatórios de contas das empresas ao desenho linhas e indicadores em gráficos de evolução de cotações, existem um conjunto de ferramentas para ajudar o investidor na seleção das ações onde investir.

Diogo Justino (Millennium bcp)

O investimento direto em ações implica uma escolhe criteriosa dos títulos que vão fazer parte da carteira de um investidor. Uma opção passa por analisar os relatórios de contas das empresas de modo a aferir da sua saúde financeira e das perspetivas de evolução do seu negócio. Este pode ser um trabalho árduo, uma vez que os relatórios de contas são normalmente extensos e complexos.

Os bancos têm normalmente uma área específica que se dedica precisamente a esta tarefa. O departamento de research fundamental é constituído por um conjunto de analistas que acompanha o fluxo de notícias, relatórios de contas, política de dividendos e negócio das empresas. Através da análise de toda essa informação, produzem para os seus clientes notas de research e emitem uma opinião para as perspetivas de evolução da empresa e da cotação das suas ações.

Já ao nível da análise das notícias e comportamentos do mercado em geral, dos gráficos de cotações e seus indicadores técnicos, o departamento de research de mercado assume o papel de destaque. Encarregues de agregar as principais notícias que movem o mercado de ações, estes analistas produzem uma síntese do dia-a-dia dos mercados e dos fatores que a cada momento explicam o sobe e desde da bolsa, poupando ao investidor a tarefa de procurar justificações por vezes dispersas por vários meios noticiosos.

Arte versus ciência

Seguindo uma filosofia de que a história tende a repetir-se, a análise de gráficos com a evolução histórica do preço da ação, vulgarmente designada por análise técnica, é o método de eleição de muitos investidores na escolha dos títulos para a sua carteira. Através do desenho de linhas de tendência, da identificação de níveis de suporte e de resistência, de padrões gráficos e de diversos indicadores que usam fórmulas matemáticas, mais ou menos complexas, para indicar a força do movimento de um título, a análise técnica tenta prever a subida ou descida das ações olhando apenas para um gráfico e relegando para segundo plano os números divulgados nos relatórios de contas das empresas.

Nos gráficos, uma linha de tendência representa a tendência de evolução do preço da ação, os suportes são níveis onde a queda do preço da ação terá tendência a parar e as resistências onde a subida poderá ter uma pausa. As dezenas de indicadores existentes aplicam transformações matemáticas aos preços e volumes das ações, desde uma simples média móvel que permite eliminar as subidas e descidas típicas dos movimentos de curto prazo de modo a focar tendência principal do preço, até a fórmulas mais complexas como indicadores de força relativa e osciladores.

Quer seja pela arte da análise técnica, do método analítico da análise fundamental ou de ambos utilizados em conjunto, o investidor tem ao seu dispor as ferramentas que o podem auxiliar na seleção de ações para a sua carteira e perseguir o objetivo de ganhar dinheiro nos mercados acionistas.

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