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Cozinha molecular: novas formas de investimento

Investir diretamente em ações implica a escolha de um conjunto de empresas em que investir. Da análise financeira das empresas até à consulta dos astros, muitos são os métodos de seleção. Mas existem produtos que permitem investir nos mercados acionistas sem passar por este processo de escolha.

Diogo Justino (Millennium bcp)

Existem um sem número de metodologias para escolher ações em que investir que vão desde a análise dos relatórios de contas das empresas, o que exige um conhecimento aprofundado do tema, análise de gráficos do comportamento histórico da ação, até métodos menos científicos como a consulta dos astros ou os conselhos de familiares e amigos. Mas existem produtos que permitem investir nos mercados acionistas sem passarmos por este processo de escolha.



A opção tradicional de quem não tem os conhecimentos necessários para investir por si em bolsa tem sido os fundos de investimento. Os fundos de investimento são geridos por um gestor que efetua uma seleção de ações com base em critérios especificados na política de investimento do fundo, tendo como objetivo conseguir uma rentabilidade superior a um índice de referência. A história tem provado ser uma tarefa muito difícil conseguir essa rentabilidade superior ao mercado, pelo que no universo de fundos de investimento são poucos os que se podem gabar de o conseguir fazer de forma consistente.



Nos últimos anos assistiu-se ao forte crescimento de uma nova classe de produtos de investimento, designados por trackers, constituindo hoje em dia uma alternativa muito procurada pelos investidores. Dentro destes produtos destacam-se os Exchange Traded Funds (ETF), fundos cotados em bolsa, e os Certificados, produtos emitidos por uma entidade e cotados em bolsa. Ambos os produtos adotam uma política de gestão que visa replicar o comportamento de, por exemplo, índices acionistas, em vez de seguir uma gestão ativa como os fundos de investimento tradicionais.

A gestão passiva ganha terreno 

Posicionando-se como uma alternativa ao método clássico de investimento nos mercados, conseguem normalmente uma redução de custos para os investidores uma vez que não perseguem uma gestão ativa das suas carteiras, limitando-se a seguir o mercado.



Este último facto é também uma das maiores vantagens destes produtos. Ao seguirem o mercado, deixa de ser necessário ao investidor passar pelo processo de escolha de ações porque os trackers representam por si só um conjunto diversificado de ações que fazem parte do índice acionista que segue. Por exemplo, um tracker do PSI20 acompanhará as valorizações e desvalorizações do índice português e permite, através de uma única ordem de bolsa, ter em carteira um título diversificado que representa as suas 20 diferentes empresas constituintes. Assim, permitem ainda minimizar o risco de investimento uma vez que constituem por si só um produto diversificado, que representa o mercado acionista de forma global. Existe todo um universo dentro destes produtos que replicam os mais variados índices acionistas mundiais, mercadorias e outros ativos.



Os novos instrumentos de investimento nos mercados acionistas como os Certificados e os ETF vieram alargar o universo de investidores no mundo da bolsa, convidando-os a canalizarem uma parte das suas poupanças para as ações através de uma forma mais fácil de investir para que todos possam beneficiar com o potencial de retorno superior destes ativos. O sucesso entre os investidores é comprovado pela taxa de crescimento anual de montantes investidos que supera os 20% ao ano na última década, mesmo com uma crise pelo meio. 

O Global Investment Challenge (GIC) também está presente no Facebook. Na página desta popular rede social qualquer um pode ser fã deste jogo de bolsa. Clique para visitar.