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Capital de risco quer €1,4 mil milhões dos fundos de pensões e seguradoras portuguesas para investir em startups

O Governo declarou no seu programa que pretende tomar medidas para incentivar a participação dos chamados investidores institucionais no ecossistema de inovação nacional. O setor define como “alvo” ideal a alocação de 2% dos montantes sob gestão em fundos de ‘venture capital’, o que significaria mais de mil milhões de euros a entrar no circuito de startups

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O Governo incluiu no seu programa uma reivindicação antiga das sociedades de capital de risco. Se concretizada, poderá injetar no ecossistema de inovação nacional perto de €1,4 mil milhões nos próximos anos.

Em Portugal, ao final de 2024, de acordo com dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), os fundos de pensões nacionais tinham sob gestão cerca de €19,3 mil milhões em ativos, na sua maioria títulos de dívida pública, ações e obrigações empresariais. As seguradoras portuguesas, por outro lado, tinham ao final de 2024 €52,5 mil milhões em ativos sob gestão, também maioritariamente aplicados em dívida pública e privada.

Stephan de Morais, presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI), diz ao Expresso que basta que uma percentagem desse capital acabe investida na indústria que representa, para gerar impacto significativo no setor. “Não podemos ter só capital público que dependa ou do SIFIDE, ou do PRR, ou de programas que aparecem e desaparecem. Falta a parte da participação dos privados e essa, neste momento, não existe”, lamenta.