Exclusivo

Empresas

Google, Apple e Meta: Bruxelas reavalia investigações contra as “big tech”

A Comissão Europeia está a reavaliar todos os casos, lançados desde março de 2024, ao abrigo do regulamento sobre os mercados digitais, que abrangem as tecnológicas norte-americanas Apple, Google e Meta, segundo noticiou o “Financial Times”, esta terça-feira

Matt Cardy/Getty Images

As grandes empresas tecnológicas norte-americanas não têm tido a vida facilitada nos últimos anos. As investigações da Comissão Europeia (CE), que visam garantir a concorrência leal e a proteção dos consumidores no mercado digital europeu, já custaram vários milhares de milhões de euros a empresas como a Apple, a Google e a Meta (dona do Facebook e do WhatsApp, entre outras plataformas).

Num período de mudança nos Estados Unidos, com o regresso de Donald Trump à Casa Branca, o futuro destas gigantes da tecnologia pode ser, contudo, mais positivo. De acordo com o “Financial Times”, Bruxelas está a reavaliar todos os casos, lançados desde março do ano passado, ao abrigo do regulamento sobre os mercados digitais, que abrangem as investigações à Apple, à Google e à Meta.

Dois funcionários da UE afirmaram ao jornal britânico que os reguladores de Bruxelas estão, de momento, à espera de uma orientação política para tomar as decisões finais.

A notícia surge poucos dias depois de Mark Zuckerberg, o diretor-executivo da Meta, ter pedido a Donald Trump que impedisse a UE de multar as empresas de tecnologia americanas.

“Acredito que seja uma vantagem estratégica para os Estados Unidos o facto de termos muitas das empresas mais fortes do mundo, e penso que deve fazer parte da estratégia dos Estados Unidos defender isso”, disse na sexta-feira, no podcast do comediante norte-americano Joe Rogan.

No final de março, a Comissão Europeia abriu uma investigação contra a Alphabet (dona da Google), a Apple e a Meta ao abrigo da nova lei dos mercados digitais (em inglês Digital Markets Act - DMA). As coimas podem ir até aos 10% do volume de negócios total da empresa em questão, a nível mundial, podendo ascender a 20% caso a infração seja repetida.