O número de clientes que utilizavam o serviço telefónico fixo mediante acesso direto em Portugal no primeiro trimestre era de cerca de 4,5 milhões, um aumento de 51 mil (1,2%) face ao primeiro trimestre de 2023. Este crescimento está ligado à contínua penetração das ofertas de serviços em pacote que incluem telefonia fixa. O número total de acessos telefónicos principais também cresceu, atingindo 5,5 milhões (+0,9%) desde o quarto trimestre de 2019. Este crescimento é predominantemente impulsionado pela expansão das redes de fibra ótica e das infraestruturas de TV por cabo.
As redes de nova geração, como o Fiber-to-the-Home (FTTH), as redes de TV por cabo e as redes móveis de localização fixa, representam atualmente 92,6% do total de acessos telefónicos, o que representa um aumento de 2 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao ano anterior. Em sentido inverso, o número de acessos analógicos tem diminuído.
O número de postos públicos instalados diminuiu para cerca de 9,3 mil no final do primeiro trimestre de 2024, representando uma queda de 24,2% face ao período homólogo. O tráfego em minutos originado nesses postos públicos também sofreu uma redução, caindo 32,4% no primeiro trimestre. Desde o segundo trimestre de 2016, que esta modalidade de tráfego diminuiu 84,8%.
Esta tendência reflete a substituição das chamadas feitas por postos públicos por comunicações móveis e via Internet. Paralelamente, o volume de minutos originados na rede fixa mostrou uma queda de 11,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. A principal redução foi observada nas chamadas fixo-fixo, com uma diminuição de 15,4%. As chamadas fixo-móvel e o tráfego nacional para números curtos e não geográficos também caíram, 3,4% e 21,7%, respetivamente. O tráfego internacional de saída registou uma diminuição de 10,5%.
Em termos de consumo médio mensal por acesso, os portugueses consumiram 39 minutos no primeiro trimestre de 2024, distribuídos entre chamadas fixo-fixo (25 minutos), fixo-móvel (oito minutos) e chamadas internacionais (um minuto). Isto representa uma redução de 12,4% no consumo mensal médio por acesso, ou seja, menos seis minutos por acesso, em comparação com o mesmo período de 2023.
No mercado de acessos diretos, a Meo manteve a liderança, com uma quota de 41,7%, seguida pelo grupo NOS, com 34,1%, Vodafone, com 21%, e Nowo, com 2,5%. Em relação ao trimestre homólogo, as quotas da Meo e da Nowo diminuíram 0,1 pontos percentuais cada, enquanto a quota da NOS caiu 0,2 pontos percentuais. A Vodafone foi a única operadora a apresentar crescimento, com um aumento de 0,4 pontos percentuais na sua quota de mercado.
No segmento residencial, a Meo continua a ser o principal prestador, com uma quota de mercado de 40,8%, seguida do grupo NOS, com 35,5%, e da Vodafone, com 21%. De salientar que a Vodafone registou um ligeiro aumento da sua quota de mercado (mais 0,5 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de 2023).
No segmento não residencial, a Meo também lidera, com uma quota de mercado de 54,4%, embora tenha registado um ligeiro decréscimo. O grupo NOS e a Vodafone detêm 24,8% e 17% do mercado, respetivamente.