“Os hospitais privados representam hoje cerca de um terço da capacidade hospitalar do país, têm profissionais de topo e estão capacitados para fazer tudo na saúde, de ‘a’ a ‘z’, com exceção de transplantes”. O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Óscar Gaspar, traça desta forma a evolução, na última década, de um sector feito de unidades “altamente” diferenciadas, “a funcionar em rede e com uma gestão profissional”.
Os números espelham a mudança desde 2014. De acordo com dados da APHP, existem 128 hospitais privados, face às 107 unidades de há 10 anos, tendo o número de camas crescido de 10.316 para 11.800. O volume de negócios do sector cresceu 53%: passou de 1486,3 milhões de euros em 2014 (estudo da Augusto Mateus & Associados para o Millennium BCP) para 2275 milhões de euros em 2022 (segundo dados da Informa D&B).
Ao nível da atividade assistencial houve um salto das consultas nos hospitais privados de 5,58 milhões para 8,04 milhões, com as urgências a passarem de 977.220 episódios para 1.347.112 e as cirurgias de 235.556 para 258.905.