A Stellantis irá comprar cerca de 20% da empresa de Hong-Kong Leapmotor por 1,5 mil milhões de euros, anunciou a construtora automóvel esta quinta-feira, 26 de outubro.

O acordo irá traduzir-se também numa entidade detida a 51% pela Stellantis e a 49% pela Leapmotor, que irá ter “direitos exclusivos para a exportação e venda, bem como para a fabricação de produtos da Leapmotor fora da China”, acrescentam as empresas em comunicado.

“Este será o primeiro relacionamento global de veículos elétricos do setor entre uma construtora líder e um OEM [fabricante de equipamento original] chinês de NEV [automóveis urbanos elétricos] integrada”, dizem as duas empresas.

No comunicado referem também que “a parceria visa impulsionar ainda mais as vendas da Leapmotor na China, o maior mercado do mundo, ao mesmo tempo que aproveita a presença comercial global da Stellantis para acelerar significativamente as vendas da marca Leapmotor em outras regiões, começando pela Europa”.

A entidade que comercializará estes veículos para fora da China deverá começar a fazer as suas primeiras entregas no segundo semestre de 2024.

As duas empresas consideram que “a oferta de veículos elétricos da Leapmotor é complementar à tecnologia atual e ao portefólio de marcas icónicas da Stellantis, e trarão soluções de mobilidade mais acessíveis aos clientes globais”.

O português Carlos Tavares, presidente executivo da Stellantis, disse, citado no comunicado, que “conforme a consolidação se desenrola entre as startups de veículos elétricos na China, torna-se cada vez mais evidente que uma grande quantidade de uma nova geração de empresas de veículos elétricos, eficientes e ágeis, como a Leapmotor, passarão a dominar os principais segmentos na China (…). Percebemos que é o momento perfeito para assumir um papel de liderança no apoio aos planos de expansão global da Leapmotor".

“Através deste investimento estratégico, podemos resolver um ponto cego no nosso modelo de negócio e beneficiar da competitividade da Leapmotor, tanto na China como em outros países”, acrescentou o gestor.