Foi há cerca de um ano que a Vodafone Portugal anunciou que tinha chegado a acordo com a espanhola MásMóvil para comprar a sua operadora em Portugal, uma empresa como uma quota de mercado de cerca de 2,5%, traduzida em 250 mil clientes de rede móvel, 140 mil de rede fixa, e acesso a infraestruturas de comunicação com potencial para cobrir até um milhão de casas.
A empresa esperava então que a aprovação do negócio fosse rápida, uma vez que a Vodafone é apenas o terceiro operador do mercado, mas o processo de aprovação na Autoridade da Concorrência (AdC) já se prolonga há mais de 11 meses, e poderá demorar mais algum tempo, uma vez que o supervisor liderado por Nuno da Cunha Rodrigues decidiu avançar para uma investigação aprofundada. Não obstante, o presidente da Vodafone Portugal, Luís Lopes, ainda espera que a operação fique fechada este ano.
A AdC justifica demora na aprovação da operação com a reconfiguração do mercado das telecomunicações na sequência da atribuição das licenças de quinta geração móvel (5G), com a existência de modelos de avaliação diferentes entre a operadora e a Concorrência e a falta de compromissos (remédios) robustos por parte da Vodafone.