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Capital de risco portuguesa Indico lidera investimento de €2,3 milhões na FlexSea, 'startup' de embalagens sustentáveis

A FlexSea, startup que produz embalagens com base em algas marinhas, recebeu um investimento de 2,3 milhões de euros numa ronda liderada pela sociedade portuguesa de capital de risco Indico. A FlexSea, que está sediada em Londres, tem escritórios no Reino Unido e em Portugal
Carlo Fedeli, presidente executivo, e Thibaut Monfort, administrador tecnológico da FlexSea
D.R.

A sociedade portuguesa de capital de risco Indico Capital Partners liderou uma ronda de investimento seed (semente, para desenvolvimento de projetos em fase inicial) na startup de embalagens sustentáveis FlexSea. A empresa, sediada em Londres, no Reino Unido, angariou nesta ronda 2,3 milhões de euros junto de um grupo de sete investidores.

Nesta ronda de investimento liderada pela Indico participaram os fundos RedRice Ventures, Btomorrow Ventures, Food Foundry, Vala Capital, ICON Capital e Pente Capital, anunciou a sociedade esta quarta-feira, 4 de outubro.

A FlexSea é um projeto da chamada biotecnologia “azul” que, através de algas marinhas, cria películas, pelotas e polímeros de bioplástico.

Adicionalmente, a FlexSea assegurou um subsídio de 1,5 milhões de euros da britânica Innovate UK e outras entidades.

“O capital será aplicado no Reino Unido e em Portugal - onde a empresa tem as suas equipas – primariamente como investimento na investigação e desenvolvimento da empresa”, detalha.

A FlexSea, fundada por Carlo Fedeli e Thibaut Monfort, propõe-se criar plásticos biodegradáveis a partir de algas marinhas. “Destinados a serem utilizados em aplicações alimentares secas e também não alimentares, são completamente biodegradáveis em ambientes marinhos e no solo, bem como compostáveis em casa num prazo de 8 a 12 semanas. Além disso, a película é transparente e termosselável, o que permite a sua utilização em aplicações mais exigentes visualmente, enquanto os granulados podem ser utilizados em máquinas convencionais de extrusão e injeção de plásticos”, explica a Indico no seu comunicado.

O objetivo é limitar a produção global de plástico, que é produzido através do petróleo, na sua maioria de utilização única, e de biodegradabilidade extremamente lenta: “Pensa-se que todo o plástico alguma vez produzido ainda existe sob alguma forma no nosso planeta. A maior vantagem do plástico é, portanto, também a sua maior fraqueza: a sua durabilidade”, segundo a apresentação da empresa.

Carlo Fedeli, co-fundador e presidente executivo da FlexSea, disse, citado no comunicado, que este investimento permitirá “fazer progressos significativos e penetrar eficazmente no mercado”.

O co-fundador e administrador tecnológico Thibaut Monfort, por sua vez, disse que este investimento “é um ponto de inflexão para a empresa enquanto entidade” e que estão "a investir fortemente em equipamento e maquinaria para I&D (investigação e desenvolvimento) interna".