A empresa Lusorecursos obteve esta quinta-feira declaração de impacto ambiental (DIA) favorável, embora condicionada ao cumprimento de vários compromissos pelo promotor, para avançar com a exploração de lítio na Mina do Romano, em Montalegre.
O título único ambiental, publicado no portal da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), detalha que a exploração incidirá sobre uma área de 637 hectares, dos quais perto de 30 hectares a céu aberto e o resto em áreas subterrâneas.
De acordo com o “Jornal de Negócios”, que noticiou a autorização do projeto na manhã desta quinta-feira, a Lusorecursos estima iniciar as obras do projeto mineiro em 2025 e começar efetivamente a extração de lítio em 2027.
Na construção deverão ser criados 100 empregos diretos. Na exploração a extração empregará 85 pessoas, o processo industrial 205 e haverá ainda 86 outros empregos.
A exploração mineira, que envolverá um tráfego diário de 150 camiões, deverá durar 13 anos e após esse período a Lusorecursos compromete-se a recuperar as áreas para uso florestal.
O projeto, que foi reformulado face ao desenho inicial e que esteve em consulta pública entre o final de junho e início de julho, depois de uma outra consulta pública no ano passado com mais de meio milhar de contributos, prevê um investimento de 650 milhões de euros.