No ar há um aroma adocicado, com um travo de baunilha, por vezes cortado por café, a envolver o complexo industrial. “Cheira ao que estamos a fazer, farinha láctea, cereais de pequeno-almoço, bebida de cereais com café”, traduz Rodrigo Bernardino, diretor da fábrica de Avanca, antes de abrir a porta da unidade onde se produzem snacks para os mais novos.
É a linha de produção mais recente deste complexo, escolhido em 2019 pela multinacional suíça para fazer os novos snacks, num investimento de €11 milhões, que confirmou “a confiança do grupo nas competências especiais de Avanca”, dotando a fábrica de meios para produzir anualmente 300 toneladas de diferentes referências da nova marca exportada para 30 países, sublinha. Ali, como nas linhas de cereais de pequeno-almoço, farinha láctea e flocos de cereais visitadas pelo Expresso, tudo está automatizado, num percurso que deixa o produto longe da mão humana até à fase final de embalamento, sob sucessivos controles de raios-X, imanes, peneiras vibradoras e inteligência artificial. E a tudo isto juntam-se provas diárias de amostras recolhidas de duas em duas horas.