Energia

Centros de dados asseguram 45% dos contratos de longo prazo da EDP Renováveis

No ano passado a EDP celebrou contratos de longo prazo somando uma capacidade de cerca de 2 gigawatts, com os centros de dados a cobrir quase metade da procura

Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
NUNO VEIGA

O grupo EDP, através da EDP Renováveis, fechou 2024 com um total de cerca de 2 gigawatts (GW) de nova capacidade com contratos de longo prazo, com cerca de 15 clientes, avançou esta quinta-feira a empresa, indicando que só os centros de dados representaram 45% da capacidade contratada no ano passado.

Os números relativos ao ano passado indicam que cerca de 60% da potência contratada a longo prazo foi relativa a centrais solares, 25% sistemas de armazenamento em baterias e 15% parques eólicos. Quanto aos compradores da energia, embora os centros de dados representem os referidos 45%, os maiores clientes ainda foram empresas de energia, com cerca de 50%.

No ano passado a EDP celebrou contratos em diversas geografias, desde o acordo com a Amazon Web Services para fornecer energia renovável em Fukushima, no Japão, relativo a 44 megawatts (MW), a um contrato para 20 MW em Espanha para a Bloomberg, além de 133 MW numa outra localização na Europa para uma tecnológica, que a EDP não identificou.

Os centros de dados estão a assumir um peso crescente na procura de eletricidade renovável, tendo os contratos da EDP em 2024 ficado acima dos registos de anos anteriores. Em termos acumulados, segundo revelou esta quinta-feira a elétrica em comunicado, o grupo já celebrou 15 GW em contratos de longo prazo, dos quais 20% para centros de dados.

“Garantir 15 GW de capacidade contratada em PPA [power purchase agreements] é um marco relevante que reforça a posição da EDP como um parceiro energético de confiança. Estes acordos aumentam a previsibilidade das nossas receitas no longo prazo e desempenham um papel crucial na aceleração da transição energética”, comentou o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, em comunicado.

O gestor disse também, em entrevista à agência Bloomberg, que “é um bom momento para fechar PPA”, sublinhando a existência de uma “forte procura de eletricidade” em grandes mercados onde a EDP está presente, como os Estados Unidos da América.