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Lítio: colapso da Northvolt e desistência da Galp deixam dúvidas numa indústria que pode movimentar mais de mil milhões de euros em Portugal

Da mineração à refinação, são várias as empresas interessadas na cadeia de valor do lítio em Portugal. O colapso da sueca Northvolt e a desistência da Galp do projeto que tinha para Setúbal levantaram um ponto de interrogação sobre esta fileira industrial. Conseguirá o país atrair os investimentos prometidos?

Barroso, no concelho de Boticas, deve receber exploração de lítio da Savannah Resources
D.R.

O negócio do lítio vive dias desafiantes. Lá fora, uma queda de 90% nos preços nos últimos dois anos levou alguns mineradores de lítio a reduzir a produção ou a adiar projetos de expansão, mas em Portugal várias empresas reiteram a vontade de investir nesta matéria-prima, crítica para a aposta nas baterias e para a transição energética. Os projetos já anunciados somam mais de mil milhões de euros de investimentos, mas a crise da sueca Northvolt ameaçou ensombrar as perspetivas do sector. “Portugal precisa de ser mais expedito e pragmático. Às vezes as coisas atrasam-se e era muito bom que não se atrasassem”, observa ao Expresso o presidente executivo da Savannah Resources, Emanuel Proença, quando questionado sobre o que é preciso para que os projetos avancem.