A sala tem um aspeto cuidado, simples, com três grandes ecrãs nas paredes e, ao fundo, uma desafogada vista para o Tejo. É aqui, no sexto piso de um moderno edifício em Alcântara, Lisboa, que o Conselho de Administração da Galp se reúne uma vez por mês. E é também aqui que às sextas-feiras, a partir das 9h, a Comissão Executiva da petrolífera se encontra para, durante três a quatro horas, discutir e decidir o rumo de uma das maiores empresas da Bolsa portuguesa. Fruta, sumo, sandes e salgados acompanham os encontros. “Tipicamente, temos posições fixas à mesa, mas o ambiente é bastante descontraído”, conta João Marques da Silva. É presidente executivo (CEO) da Galp, mas não está sozinho. Também Maria João Carioca é CEO da Galp. São co-CEO de uma companhia avaliada em €11,5 mil milhões. E, até ao momento, o exemplo de que lideranças bicéfalas podem funcionar.
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O comando não é meu nem teu, é dos dois: uma viagem ao dia-a-dia da liderança bicéfala da Galp
Desde o início do ano que a Galp tem uma liderança bipartida. João Marques da Silva e Maria João Carioca garantem que funciona e contam como encaram a gestão de uma das maiores empresas do país