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Trocar o lucro por eletricidade mais barata: como as cooperativas se intrometeram entre os gigantes da energia

Estão longe de ter uma posição dominante no mercado, mas os seus fundadores acreditam que as cooperativas de energia proporcionam um modelo mais justo para os cidadãos. Dirk Vansintjan, presidente da federação europeia Rescoop, e Nuno Brito Jorge, co-fundador da portuguesa Coopérnico, falaram ao Expresso dos desafios deste tipo de organizações
Rescoop estima que haja cerca de 1,5 milhões de cidadãos europeus a participar em cooperativas de energia.
Yagi Studio

Dirk Vansintjan fala com descontração. A conversa corre solta, sobre cooperativas de energia, e essa é a sua praia: foi em 1991, há mais de 30 anos, que Dirk co-fundou a cooperativa belga Ecopower, à qual ainda hoje está ligado. Entusiasta deste modelo de organização, sem fins lucrativos, diz ser um “lobista ético”, trabalhando em Bruxelas para promover e dar espaço às cooperativas de energias renováveis. Este fim-de-semana passou por Lisboa, para a assembleia geral da Coopérnico, cooperativa portuguesa que completou 10 anos e que soma mais de 4 mil membros. É pequena, quando comparada com os gigantes que lideram a comercialização de eletricidade em Portugal… mas os seus tarifários estão entre os mais competitivos do mercado, segundo o simulador do regulador da energia.