Carlos d’Além, 66 anos, vive no Estoril e há dois anos comprou uma casa de campo no interior do país, na Sertã. A casa tinha 18 painéis solares e Carlos precisava de mudar a titularidade desta instalação para o seu nome. Não imaginava o pesadelo burocrático que teria pela frente. “Foi em 2021, tudo em teletrabalho, ninguém respondia a e-mails, então fui lá”. Lá é a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), em Lisboa. Carlos não é caso isolado.
O Expresso recolheu vários testemunhos que mostram a dificuldade que alguns cidadãos, associações e empresas ainda vão tendo para registar instalações fotovoltaicas, enquanto, como mostrou a Operação Influencer, os promotores de alguns grandes investimentos, como foi o caso da Start Campus, por vezes recorrem a facilitadores para ‘driblar’ a burocracia e a demora dos processos de licenciamento.