A EDP Renováveis obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido positivo de 445 milhões de euros, mais 7% em relação ao mesmo período do ano passado, revelou esta terça-feira a empresa de energias limpas do grupo EDP em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
As contas até setembro foram marcadas por um recuo de 5% das receitas, para 1654 milhões de euros, com a produção de eletricidade eólica e solar a subir 3% (para 25,19 terawatt hora), mas o preço médio de venda da energia a baixar 7% (para 61,7 euros por megawatt hora).
O fator de utilização global dos ativos da EDP Renováveis recuou de 30% para 28%, estabilizando na Europa e crescendo na América do Sul e Ásia Pacífico, mas baixando na América do Norte.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cifrou-se em 1427 milhões de euros, baixando 4% face ao resultado obtido no período homólogo.
Neste quadro de ligeira redução dos ganhos operacionais, o crescimento do resultado líquido atribuível a acionistas da EDP Renováveis foi alimentado por uma melhoria de 13% do resultado financeiro (cujos encargos baixaram 36 milhões de euros, apoiados por custos mais baixos com variações cambiais e produtos derivados), por uma descida dos impostos (de 84 para 40 milhões de euros) e por uma queda dos interesses não controláveis (de 167 para 114 milhões de euros).
Numa base recorrente o resultado líquido da EDP Renováveis teria sido de 467 milhões de euros, mais 12% que no ano passado.
O investimento líquido da EDP Renováveis entre janeiro e setembro foi de 2658 milhões de euros, comparando com 2331 milhões de euros em igual período do ano passado.
Já a dívida líquida da empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade subiu de 4938 milhões de euros no final do ano passado para 6077 milhões de euros em setembro.
O rácio de dívida líquida face ao EBITDA dos últimos 12 meses está agora com um múltiplo de 2,9, tendo-se agravado face ao múltiplo de 2,3 que a empresa tinha no final do ano passado.
O grupo EDP, que detém 71,27% da EDP Renováveis, apresentará as suas contas trimestrais na próxima quinta-feira, 2 de novembro, após o fecho da bolsa portuguesa.