“Obviamente estamos interessados”. João Paulo Costeira, gestor português que lidera o negócio de energias renováveis da espanhola Repsol, não tem dúvidas: a Repsol e a Ørsted, a sua aliada dinamarquesa para as eólicas no mar, vão formalizar junto do Governo português a sua intenção de participar no primeiro leilão para energia eólica offshore no país assim que abrir o período para manifestações de interesse, que o primeiro-ministro garantiu que seria lançado até final deste mês. E, em entrevista ao Expresso, João Paulo Costeira disse ainda que não vê necessidade de incluir mais parceiros na aliança entre a Repsol e a Ørsted.
Descarta, assim, a hipótese de albergar em futuros projetos em águas portuguesas a EDP, onde trabalhou 12 anos, antes de sair para a Repsol, em 2019. As duas empresas são sócias no primeiro e único parque eólico offshore em Portugal, o Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo. Mas trata-se de um projeto em fase pré-comercial, com apenas 25 megawatts (MW) de capacidade operacional e três torres flutuantes.