O volume de eletricidade produzida pela EDP nos primeiros nove meses do ano baixou 11% face ao ano passado, para 40,2 terawatt hora (TWh), com a geração no terceiro trimestre a apresentar uma queda ainda mais acentuada, de 19%.
Em comunicado ao mercado esta terça-feira, para apresentar o seu desempenho operacional até setembro, a EDP reportou uma ligeira descida de 1% da produção eólica, enquanto a produção hídrica cresceu 16% e a solar subiu 101%. No entanto, a produção a carvão afundou-se 58% e a das centrais alimentadas a gás natural também caiu 51%.
A redução global da produção (penalizada pelas centrais termoelétricas) aconteceu apesar de a potência instalada do grupo até ter crescido 3%, para 24,48 gigawatts (GW), por via da aposta em fontes renováveis.
No negócio de distribuição de eletricidade a EDP registou até setembro uma descida homóloga de 1% na Península Ibérica, com a distribuição em Portugal a crescer 0,4% e Espanha a cair 6%. Já no Brasil a eletricidade distribuída teve um avanço de 2% face aos primeiros nove meses de 2022.
Quanto à operação de comercialização, o volume de eletricidade vendida na Península Ibérica de janeiro a setembro baixou 10% em termos homólogos, caindo 21% em Espanha e apresentando em Portugal comportamentos distintos: no mercado liberalizado (EDP Comercial) caiu 5%, enquanto no regulado (SU Eletricidade, também do grupo EDP) cresceu 10%.
A comercialização de gás natural na Península Ibérica teve igualmente sinal negativo, com uma queda de 31% em termos homólogos. Em Espanha o negócio caiu 28%, e em Portugal baixou 42% no mercado liberalizado, crescendo 135% no regulado (com menor expressão no grupo).
A EDP apresentará ao mercado os resultados completos dos primeiros nove meses do ano a 2 de novembro.