A escalada do conflito no Médio Oriente entre Israel e a Palestina deverá ter impacto na produção de crude do Irão, avisou o Goldman Sachs ao início desta semana. E esta quinta-feira, 12 de outubro, os analistas do banco de investimento detalharam os argumentos subjacentes a esta previsão. A verificar-se, poderá significar uma subida de 5 dólares no preço do barril de Brent, para os 105 dólares no segundo semestre de 2024.
Na nota de research, os analistas calculam que a produção atual iraniana de crude ronde uma média de 3,2 milhões de barris por dia. Este número é superior em 400 mil barris à produção estimada para o período homólogo, e significa um acrescento de um milhão de barris diários face aos mínimos de produção registados em 2020.
Num cenário de uma “queda modesta” na produção, “no qual o aumento do escrutínio do Ocidente das exportações iranianas reduz a oferta para níveis de há um ano (cerca de 2,85 milhões de barris por dia (…) se isto suceder, irá contribuir para uma subida de 5 dólares por barril da nossa previsão para os preços do barril de Brent no segundo semestre de 2024 de 100 dólares por barril, mantendo-se o resto constante”, defendem os analistas na nota.
No caso de a previsão dos analistas do Goldman Sachs para a produção de petróleo iraniana ser superada em 150 mil barris por dia, algo “menos provável”, o impacto no preço do barril de Brent para a segunda metade do próximo ano seria de menos 2 dólares por barril, um desconto “modesto”.
Ao início da tarde desta quinta-feira, o barril de Brent cotava nos 87,4 dólares por barril.