O volume de eletricidade produzida pelo grupo EDP no primeiro semestre caiu 7% em termos homólogos, para 29,1 terawatt hora (TWh), revelou esta sexta-feira a elétrica no comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) onde apresenta os dados operacionais da primeira metade do ano.
Considerando apenas o segundo trimestre, a queda foi ainda mais pronunciada, de 20%, para 11,5 TWh.
O recuo da produção de eletricidade (que é uma das principais fontes de receita da EDP) está sobretudo na geração termoelétrica: no primeiro semestre a produção das centrais a gás natural caiu 45% e a das centrais a carvão baixou 51%.
No negócio das renováveis a produção eólica recuou 3% na primeira metade do ano, face a igual período do ano passado, enquanto a hídrica cresceu 20% e a energia solar aumentou 105%, mas num volume ainda insuficiente para compensar a queda de dois dígitos da produção termoelétrica do grupo.
A EDP explica a queda da atividade termoelétrica com a recuperação dos recursos hídricos e de outras fontes renováveis.
A descida da produção ocorre apesar de o grupo EDP até ter reforçado em 5%, para 28,48 gigawatts (GW) a sua capacidade instalada globalmente. Nos últimos 12 meses a EDP instalou 2,1 GW de projetos de energia renovável.
Comercialização e distribuição na Península Ibérica a descer
Também os negócios de comercialização e distribuição de eletricidade da EDP na Península Ibérica tiveram um desempenho negativo no primeiro semestre.
O volume de eletricidade comercializada em Portugal e Espanha no período de janeiro a junho baixou 8% em termos homólogos (devido principalmente a menores vendas a clientes empresariais em Espanha), e a eletricidade distribuída no mercado ibérico recuou 1% (apesar de ter crescido 1% só em Portugal).
A EDP apresentará os seus resultados completos do primeiro semestre a 27 de julho.