Energia

Lucro da Greenvolt recua no primeiro trimestre

A Greenvolt fechou os primeiros três meses do ano com receitas de 67,7 milhões de euros, mais 20% do que no ano passado. No entanto, o resultado líquido encolheu, embora tenha permanecido ainda em terreno positivo

Foto: Getty Images

A empresa portuguesa de energias renováveis Greenvolt obteve no primeiro trimestre um resultado líquido atribuível aos seus acionistas de 0,3 milhões de euros, que compara com o lucro de 1,1 milhões de euros registado no mesmo período do ano passado.

Para esta queda contribuíram principalmente o aumento das depreciações e amortizações e um agravamento dos resultados financeiros (que passaram de -4,4 para -9,3 milhões de euros), anulando o crescimento que a empresa registou ao nível das receitas.

Segundo o comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), as receitas totais da Greenvolt de janeiro a março ascenderam a 67,7 milhões de euros, mais 20% do que no período homólogo. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), no entanto, permaneceu estável, em torno dos 22 milhões de euros.

A empresa explica que o desempenho financeiro do primeiro trimestre foi negativamente afetado pelo segmento da biomassa, que no ano passado tinha conseguido um EBITDA mais elevado: este ano o negócio da biomassa registou uma queda do preço de venda da eletricidade no Reino Unido, refere a Greenvolt.

No seu comunicado à CMVM a Greenvolt indica que até ao final do ano deverá concluir operações de rotação de ativos de pelo menos 200 megawatts (MW), e atingir um resultado positivo no segmento de produção descentralizada.

“Este foi um período de transição, onde reforçámos as competências operacionais e humanas da Greenvolt, através da consolidação de uma estrutura que permitirá ao grupo desenvolver, executar e superar o plano de negócios”, comentou o presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto, citado no comunicado de resultados.

“Neste contexto, avançámos com a construção de 460 MW em seis países e com os processos de preparação das próximas operações de asset rotation [venda de ativos] de, no mínimo, 200 MW”, acrescentou o gestor.