Investir em fundos de investimento foi um penoso em 2008. Principalmente, para quem tinha o dinheiro aplicado ou subscreveu fundos de acções, os números são impressionantes, pela negativa. Nos cerca de 120 fundos comercializados em Portugal que investem em acções do mundo, a perda média rondou os 41 por cento. Nos fundos compostos por empresas portuguesas, o prejuízo médio subiu para os 51 por cento e se quiséssemos estender os exemplos arriscar-nos-iamos a aborrecer os leitores com tantos sinais negativos. É este cenário que faz do Fidelity Japan Advantage um caso ímpar entre os fundos de acções e que o empurra para a necessária dissecação, ou não tivesse conseguido a única rendibilidade positiva entre centenas de carteiras de outras sociedades gestoras.
Ronald Slattery é o homem aos comandos do fundo da Fidelity que nos últimos 5 anos deu aos subscritores 1,64 por cento (anuais) investindo em acções subavaliadas. Muito pouco, dirão alguns, mas convém alertar que este é o único fundo de acções que não "encolheu" o dinheiro dos "fundistas", todos os outros fundos desta classe de acções japonesas (existem actualmente cerca de 70 fundos) perderam valor de 2003 a 2008.
Acções de grande capitalização nipónicas, aposta em "valor", serviços financeiros e materiais, são os responsáveis pelo desempenho do fundo que registou em 2008 uma rendibilidade líquida de 2,04 por cento face a uma rendibilidade média de -30 por cento em toda a classe de títulos japoneses. Ainda assim, o gestor contou com a ajuda da valorização do iene face ao euro que, em 2008, ascendeu a 22 por cento.
A carteira do fundo japonês
O Fidelity Japan Advantage tem 70 acções no portefólio
10 maiores posições | |
Asahi Kaisei Softbank Nippon Telegraph and Telephone Daiwa House Industry NTT DoCoMo Mitsubishi UFJ Financial Group Obayashi Mitsubishi Tanabe Pharma Kobayashi Pharmaceutical Mitsui Chemicals |
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Fonte: Morningstar. 30 de Novembro de 2008 |