É provável que este seja o último grande especial de fundos da revista Carteira. Ao ritmo que o número de fundos aumenta - 822 em 2005, 1065 em 2006, 1527 em 2007 e, agora, 1818 produtos -, a edição não teria páginas suficientes para abarcar todos os fundos de investimento disponíveis em Portugal. É, por isso, natural que, no próximo ano, o especial de fundos não inclua uma tabela ainda mais extensa do que a que encontrará após este artigo. Porém, nunca se sabe...
Apesar do número de fundos registados para comercialização continuar a crescer, 2007 foi marcado pela liquidação do BPI Renda Trimestral, pressionado pela crise que o crédito hipotecário de alto risco dos EUA gerou. Porém, embora isso tenha animado os títulos dos jornais durante algum tempo, o BPI Renda Trimestral não foi o único a desaparecer. A maioria deixou de constar na oferta dos bancos por serem muito pequenos, acabando por ser absorvidos por fundos maiores.
E os vencedores são...
A selecção dos melhores fundos seguiu a estratégia dos anos anteriores. Começámos por procurar todos os fundos de investimento comercializados nas 20 principais instituições financeiras de retalho em Portugal (o que inclui os CTT). Por isso, se encontrar algum produto que lhe agrade nas páginas seguintes, então de certeza que pode comprá-lo, nem que, para isso, tenha de abrir uma conta bancária.
Depois estudámos as comissões, a fiscalidade e o desempenho de cada um dos 1818 fundos ao longo de 5 anos. A Bloomberg forneceu os principais dados dos fundos estrangeiros, enquanto a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários concederam a informação necessário à análise dos portugueses. O passo seguinte foi agrupar os produtos semelhantes: quando surgiram 5 ou mais fundos similares, agrupámo-los numa categoria. Quando 10 ou mais fundos da mesma categoria tinham mais de 3 anos, escolhemos o melhor. Essa escolha dependeu apenas do rácio entre a rendibilidade e a volatilidade das quedas nos últimos 3 anos - não houve qualquer subjectividade na selecção.
A crise que bateu à porta do mercado em 2007 criou algo que não via há 5 anos: uma queda prolongada do valor dos fundos. Essa é a principal razão para os fundos eleitos agora pela Carteira serem tão diferentes dos escolhidos no ano passado. Os rácios entre a rendibilidade e o risco mudaram radicalmente: a rendibilidade caiu e o risco subiu. Porém, como verá adiante, para cada fundo escolhido, indicamos pelo menos uma alternativa. E aí encontrará muitos dos produtos sugeridos há um ano.
Merrill Lynch US Flexible Equity HE
Fundo de acções da América do Norte
Rendibilidade 2007: 3,18%
Risco: Médio alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Millennium bcp
Alternativa: Santander Acções EUA, DB Platinum IV US Growth R2C, American Express US Large Cap Equities DEH, Merrill Lynch US Focused Value HE, DB Platinum IV Croci US R2C
Investir nos EUA e não prestar atenção ao risco cambial é perigoso. Quem tivesse apostado há cinco anos teria hoje mais cerca de 30 por cento. Contudo, se tivesse realizado a cobertura cambial, o ganho já ultrapassaria 80 por cento. É por isso que o melhor fundo para investir na América do Norte tem cobertura cambial. Apesar de não acreditar numa recessão nos EUA, Bob Doll, director de investimentos da Black Rock Merrill Lynch e responsável por este fundo, está a apontar para empresas norte-americanas com uma forte actividade fora do país.
JPMorgan Latin America Equity D
Fundo de acções da América Latina
Rendibilidade 2007: 22,74%
Risco: Muito alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco de Investimento Global
Alternativa: ING (L) Invest Latin America X
Embora Luís Carrillo, o gestor deste fundo e director das análises sobre mercados emergentes da JPMorgan Asset Management, esteja localizado em Nova Iorque, o seu conhecimento sobre a América Latina é profundo: além de gerir acções latino-americanas há 10 anos, antes era consultor de empresas na mesma região. Actualmente, dois terços dos activos do JPMorgan Latin America Equity D estão aplicados no Brasil e um quarto no México, país de origem do gestor.
CAAM Asian Growth S
Fundo de acções da Ásia
Rendibilidade 2007: 32,16%
Risco: Muito alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best
Alternativa: Templeton Asian Growth N
Embora seja possível escolher fundos que investem na Ásia menos arriscados do que o CAAM Asian Growth, poucos têm tido um desempenho consistentemente superior como este. Raymond Chan, que gere este fundo em Hong-Kong a alguns metros do Museu do Chá, selecciona acções de toda a Ásia, à excepção das japonesas. A informação mais recente da Crédit Agricole Asset Management indica que a China, Hong-Kong, Coreia do Sul e Taiwan são os destinos mais importante para o dinheiro do fundo.
CAAM Greater China S
Fundo de acções da China
Rendibilidade 2007: 41,34%
Risco: Muito alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best
Alternativa: UBS EF Greater China B
Raymond Chan, o gestor do fundo anterior, não é apenas o melhor gestor de acções asiáticas: é também o melhor na categoria de fundos de acções chinesas. Tal como o produto anterior, o CAAM Greater China S prima pelo equilíbrio entre a rendibilidade alcançada e o risco incorrido. Surpreendentemente, Chan tem mais de 18 por cento do portefólio deste fundo aplicados em sociedades de imobiliário, como a Kerry Properties, controlada pelo magnata malaio Robert Kuok.
BPI Europa Crescimento
Fundo de acções da Europa
Rendibilidade 2007: 8,66%
Risco: Médio alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco BPI, Banco Big, Banco Português de Investimento
Alternativa: Franklin Mutual European N, Postal Acções, JPMorgan Europe Dynamic D, Gartmore Continental European B, Merrill Lynch European E, Fidelity European Aggressive E
Apesar de ser um dos fundos de acções europeias menos arriscados, o BPI Europa Crescimento é um dos que mais rende. Quando foi lançado, em Junho de 1991, uma unidade valia 1000 escudos; actualmente vale mais de 15 euros, o que significa que rendeu mais de 200 por cento ou cerca de 7,50 por cento por ano. No início de Dezembro, os sectores industrial e financeiro eram os mais presentes no portefólio do fundo. A maior aposta era as acções da Q-Cells, uma fabricante alemã de painéis solares.
JPMorgan Eastern Europe Equity D
Fundo de acções da Europa emergente
Rendibilidade 2007: 22,63%
Risco: Muito alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big
Alternativa: Merrill Lynch Emerging Europe E
A especialidade de Oleg Biryulyov, que co-gere o JPMorgan Eastern Europe Equity D com Sonal Pandit, é a bolsa da Rússia, de onde é natural, e isso reflecte-se na carteira do fundo: dois terços dos activos estão cotados em Moscovo, com destaque para o Sberbank, o maior banco russo, e para o Norilsk Nickel, o maior produto de níquel e paládio. Este é o fundo de acções da Europa emergente que mais deu a ganhar aos investidores portugueses nos últimos 3 anos: quase 150 por cento.
Merrill Lynch New Energy E
Fundo de acções de empresas mundiais de energia
Rendibilidade 2007: 32,73%
Risco: Muito alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Deutsche Bank, Millennium bcp
Alternativa: Invesco Energy E
A moda da energias limpas reflecte-se nas valorizações bolsistas e no Merrill Lynch New Energy E, o único fundo que procura investir nos sectores das energias alternativas e das tecnologias energéticas. No último relatório mensal do fundo, os gestores Robin Batchelor e Poppy Allonby dizem que o panorama parece promissor, em particular nos Estados Unidos da América. As principais apostas são as acções da Vestas Wind Systems, da Q-Cells, da Gamesa e da Suzlon Energy.
Fidelity Global Financial Services A
Fundo de acções de empresas mundiais de finanças
Rendibilidade 2007: -9,41%
Risco: Médio alto
Onde comprar: Millennium bcp
Alternativa: Fidelity Global Financial Services E
A vida não está fácil para os gestores de fundos de acções do sector financeiro. Os 12 fundos desta categoria perderam, em média, 13,22 por cento em 2007. Porém, o Fidelity Global Financial Services A foi o que mais aguentou, ao desvalorizar 9,41 por cento. Este fundo está à venda em exclusivo na plataforma "online" do Millennium bcp, mas os 3 principais bancos virtuais - ActivoBank7, Banco Best e Banco Big - têm uma versão muito parecida, o Fidelity Global Financial Services E.
Fidelity Global Health Care E
Fundo de acções de empresas mundiais de saúde
Rendibilidade 2007: -1,61%
Risco: Médio
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big
Alternativa: Sanpaolo Obiettivo Farma RH, UBS EF Health Care B
Embora não esteja entre a restrita lista de fundos de acções do sector mundial de saúde que registaram um ganho em 2007, o Fidelity Global Health Care E é a melhor opção graças ao baixo perfil de risco. Aliás, o produto gerido por Douglas Nigen é o menos arriscado da categoria. Antes de começar a gerir fundos do sector da saúde em 2002, Nigen passou pelos sectores do gás natural e dos automóveis.
Fidelity Global Technology E
Fundos de acções de empresas mundiais de tecnologia
Rendibilidade 2007: 3,37%
Risco: Alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big
Alternativa: Goldman Sachs Global Technology Portfolio E
Michael Reznikas, o gestor do Fidelity Global Technology E, envolve-se em nomes bastante conhecidos para conseguir que o fundo tenha um perfil de risco inferior à maioria da concorrência sem descurar nos desempenhos. Segundo os dados mais recentes, as maiores apostas de Reznikas são a Nokia, a Intel, a Himax, a Oracle e a Qualcomm.
Fidelity Emerging Markets E
Fundo de acções de mercados emergentes
Rendibilidade 2007: 22,58%
Risco: Muito alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big
Alternativa: JPMorgan Emerging Markets Equity D
Os fundos de mercados emergentes têm dado consistentemente bons resultados aos investidores. O Fidelity Emerging Markets E não é excepção: desde que foi lançado em Outubro de 2000 rendeu cerca de 9 por cento por ano. Em 2007, o ganho ultrapassou os 20 por cento. De acordo com os últimos dados, o gestor Bob Von Rekowsky está voltado para empresas asiáticas, como a China Mobile, a indiana Reliance Industries e a Samsung Electronics.
Schroder US Small & Mid-Cap Equity B
Fundo de acções de PME da América do Norte
Rendibilidade 2007: 0,07%
Risco: Médio alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big
Alternativa: UBS EF Mid Caps USA B
O que realmente distingue o Schroder US Small & Mid-Cap Equity B no grupo de 33 fundos de acções de pequenas e médias empresas norte-americanas é o perfil de risco: é, de longe, o fundo menos volátil. Contudo, as rendibilidades apresentadas pela gestora Jenny Jones não são inferiores (apesar do ganho de 2007 ser quase nulo). Face aos problemas da economia norte-americana, em 2007, Jones virou a carteira concentrada em telecomunicações e serviços para os bens de luxo e saúde.
Franklin European Small-Mid Cap Growth N
Fundo de acções de PME da Europa
Rendibilidade 2007: -0,41%
Risco: Alto
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: ING (L) Invest European Small Caps X
Uns fundos destacam-se por terem rendibilidades mais elevadas; outros por correrem poucos riscos. O Franklin European Small-Mid Cap Growth N evidencia-se pelas duas coisas: as gestoras Edwin Lugo e Alison Schatz conseguem bons resultados sem correm riscos excessivos. Nos últimos 3 anos, o fundo ganhou 71,07 por cento enquanto os concorrentes da categoria de pequenas e médias empresas europeias registaram uma valorização média de 46,78 por cento.
Credit Suisse EF Small Cap Japan R
Fundo de acções de PME do Japão
Rendibilidade 2007: -22,39%
Risco: Muito alto
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: JPMorgan Japan Small Cap D
Escolher pequenas e médias empresas para o cabaz de um fundo não tem sido fácil. O Credit Suisse EF Small Cap Japan R perdeu 22,39 por cento em 2007 e esteve longe de ser o pior. Porém, o gestor Kunio Tomiyama acredita que 2008 será o ano de recuperação. "As acções parecem baratas", escreveu no último relatório do fundo. "O mercado dá sinais de recuperação em resultado das estimativas de crescimento dos resultados no próximo ano fiscal e da espera mudança na estrutura da procura."
Sanpaolo Obiettivo Giappone RH
Fundo de acções do Japão
Rendibilidade 2007: -9,06%
Risco: Muito alto
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: DB Platinum IV Croci Japan R2C
Tal como é perigoso investir nos EUA sem cobertura cambial, é desaconselhável que dirija o seu dinheiro para a bolsa de Tóquio sem se proteger de movimentos do iene. O Sanpaolo Obiettivo Giappone RH é dos poucos que faz essa protecção. Embora isso não se reflicta imediatamente num risco mais reduzido face aos concorrentes, nota-se nos desempenhos de longo prazo do produto: ganhou 11,22 por cento por cada um dos últimos 5 anos enquanto os restantes fundos valorizaram 3,33 por cento em média.
BPI Reestruturações
Fundo de acções do mundo
Rendibilidade 2007: 4,53%
Risco: Médio alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco BPI, Banco Big, Banco Português de Investimento
Alternativa: DWS Invest Global Equities LC, DWS Invest Global Equities NC, Mellon GF Global Intrepid A, JPMorgan Global Focus D
Mais uma vez, o BPI Reestruturações é o fundos de acções mundiais escolhido, apesar de, em 2007, não liderar as rendibilidades do grupo, como aconteceu em 2006. O gestor Virgílio Garcia investe em empresas que possam beneficiar de reestruturações operacionais e financeiras ou que ofereçam potencial de valorização face às perspectivas de reestruturação do seu sector. Desde que foi lançado, em Dezembro de 2000, o fundo rendeu cerca de 6,20 por cento por ano.
F&C Pacific Equity
Fundo de acções do Pacífico
Rendibilidade 2007: 26,87%
Risco: Alto
Onde comprar: ActivoBank7
Alternativa: Pictet Pacific (Ex Japan) Index R, Skandia Pacific Equity C
Não há muitos segredos para os gestores responsáveis pelo fundo F&C Pacific Equity: desde que foi lançado, no final de 2002, o produto acumulou um ganho anual de cerca de 17 por cento por ano, ligeiramente mais que os índices de acções do Pacífico. As últimas informações disponíveis indicam que o sector imobiliário é a principal aposta do fundo, que exclui o mercado japonês do âmbito dos seus investimentos. A maior aposta são as acções da australiana BHP Billiton.
Parvest UK L
Fundo de acções do Reino Unido
Rendibilidade 2007: -2,21%
Risco: Alto
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best
Alternativa: Dexia Equities United Kingdom N
Fiona Wills, a gestora do Parvest UK L, está confiante que conseguirá ultrapassar a crise que assola as bolsas. Para isso tem vindo a introduzir sociedades de serviços e a alienar acções sensíveis ao abrandamento do consumo britânico e demasiado expostas aos mercados financeiros. Porém, na opinião da gestora, o que deverá conduzir a carteira do fundo é o sector petrolífero e de defesa, "cujas perspectivas de crescimento ainda se encontram subavaliadas". É por isso que a Royal Dutch Shell e a BP são os maiores investimentos.
Millennium Prestige Conservador
Fundo de fundos predominantemente de obrigações
Rendibilidade 2007: 0,42%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: ActivoBank7, Millennium bcp
Alternativa: Espírito Santo Opção Conservadora
Desde Junho de 2006 que o Millennium Prestige Conservador não investe exclusivamente em fundos geridos no seio do grupo Millennium bcp. Agora é possível encontrar na carteira deste produto vários exchange-traded funds. Aliás, no início de 2008, o Lyxor EuroMTS Inflation Linked, um ETF de obrigações soberanas indexadas à inflação da Zona Euro, representava quase 20 por cento dos activos do fundo.
American Express Global Asset Allocation DEH
Fundo misto predominantemente de acções
Rendibilidade 2007: 7,01%
Risco: Médio alto
Onde comprar: Banco Best, Banco Big
Alternativa: American Express Global Asset Allocation DU
Graças à cobertura cambial que os gestores realizam no American Express Global Asset Allocation DEH, o fundo registou um ganho 6,58 pontos percentuais superior à versão do fundo sem qualquer protecção. A diferença é explicada por 40 por cento do portefólio do produto estar aplicado nos mercados norte-americanos. As acções e obrigações da Zona Euro representam menos de um quinto das escolhas do gestores Micahel Ng e Andrew Holliman.
WestLB Mellon Euro Balanced C
Fundo misto neutro
Rendibilidade 2007: 2,72%
Risco: Médio
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: JPMorgan Global Balanced (EUR) D
Face às dúvidas que abraçam as duas principais economias do mundo, os Estados Unidos da América e a Zona Euro, Gunter Westen e Markus Knebel assumem uma posição neutra no WestLB Mellon Euro Balanced C: têm os activos repartidos igualmente por acções e por obrigações. Porém, a maior aposta dos gestores de Dusseldorf são bunds, as obrigações soberanas da Alemanha.
Santander Multinvest
Fundo misto predominantemente de obrigações
Rendibilidade 2007: 2,19%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: BBVA Misto
A maior parte do portefólio do Santander Multinvest está aplicado em títulos de dívida, mas os gestores da Santander Asset Management também têm alguma exposição aos mercados accionista. Os responsáveis preferem investir em acções através de fundos de investimento, como o UBAM Japan Equity, gerido em Genebra, e o Santander Acções USA, mas não descuram um investimento directo na bolsa, como fizeram nos títulos da Nokia e da Sonae.
CAAM European Bond S
Fundo de obrigações da Europa
Rendibilidade 2007: 2,19%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: Banco Best, Banco Big
Alternativa: BBVA Taxa Fixa Euro
A equipa da Crédit Agricole Asset Management continua a gerir o melhor fundo de obrigações europeias. O CAAM European Bond S registou um ganho de 2,19 por cento em 2007, o terceiro melhor de um grupo de quase 5 dezenas de produtos. Numa análise a 3 e a 5 anos, o fundo apresenta as rendibilidades mais elevadas. Loïc Cadiou, o responsável pelo fundo, prefere agora obrigações do tesouro grego, segundo as últimas informações disponíveis.
WestLB Mellon Euro High Yield Bond C
Fundo de obrigações de alto rendimento da Europa
Rendibilidade 2007: -1,42%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: Sanpaolo Obbligazionario High Yield R
Embora seja um fundo de obrigações de alto rendimento da Europa, os gestores Henning Lenz, Bastian Gries e Alexis Renault podem investir em títulos fora da região. Em Dezembro, um quinto do emitentes no portefólio não pertenciam à Europa, mas os títulos eram emitidos na totalidade em euros. A maior aposta da sociedade gestora WestLB Mellon Asset Management eram obrigações da Fiat.
Merrill Lynch Global High-Yield Bond E
Fundos de obrigações de alto rendimento do mundo
Rendibilidade 2007: 0,08%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: JPMorgan Global High Yield Bond D
Cerca de três quarto do dinheiro entregue aos gestores Jeff Gary e Scott Amero, que gerem o Merrill Lynch Global High-Yield Bond E em Nova Iorque, está aplicado em obrigações norte-americanas de alto rendimento. Depois desse mercado, é a Zona Euro que mais pesa na carteira do fundo, cerca de 13 por cento. Porém, a quase totalidade dos activos do fundo estão denominados em euros.
Santander Multiobrigações
Fundo de obrigações de curto prazo em euros
Rendibilidade 2007: 1,91%
Risco: Baixo
Onde comprar: Banco Best, Banco Big, Santander Totta
Alternativa: Santander Multibond Premium
Os dois fundos de obrigações de curto prazo da Santander Asset Management, o Santander Multiobrigações e o Santander Multibond Premium, disputaram o primeiro lugar do "ranking" da Carteira. Porém, o Santander Multibond Premium perdeu porque os gestores podem cobrar uma comissão de resgate de um por cento sobre os activos. Além disso, é exigido uma aplicação mínima de 75 mil euros, o que pode afastar muitos investidores.
American Express Emerging Markets Low Duration Portfolio DEH
Fundo de obrigações de mercados emergentes
Rendibilidade 2007: 2,79%
Risco: Baixo
Onde comprar: Banco Best, Banco Big
Alternativa: American Express Global Emerging Market Short-Term Bonds DEH
A American Express é responsável pelo dois melhores fundos de obrigações de mercados emergentes. Porém, curiosamente, os dois produtos são geridos por duas sociedades gestoras diferentes: American Express Emerging Markets Low Duration Portfolio DEH é conduzido pela Standard Asset Management, enquanto o American Express Global Emerging Market Short-Term Bonds DEH passa pelas mãos da Threadneedle Asset Management.
Schroder Strategic Bond HB
Fundo de obrigações do mundo em dólares
Rendibilidade 2007: 1,91%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best, Banco Big, Deutsche Bank
Alternativa: Templeton Global Total Return N, Templeton Global Bond N, Merrill Lynch Global Government Bond HE2
Se quer investir num fundo de obrigações mundiais em dólares é bom que tenha uma cobertura cambial, não vá o dólar levar-lhe os rendimentos. O Schroder Strategic Bond HB tem. O gestor do fundo, Bob Michele, procura títulos de dívida em todo o mundo sem qualquer restrição: todos os países (incluindo os emergentes), todos os emitentes (empresas, governos, entidades supranacionais, etc.) e todo o espectro de risco.
DB Platinum IV Sovereign Plus R1C
Fundo de obrigações do mundo em euros
Rendibilidade 2007: 7,89%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: ActivoBank7, Banco Best
Alternativa: Credit Suisse BF TOPS (Euro) B, DWS Invest Total Return Bonds NC, Sanpaolo Valore Equilibrio R, Pioneer Euro Strategic Bond C
Ainda só tem quatro anos, mas é o DB Platinum IV Sovereign Plus R1C claramente a melhor escolha para quem quer investir em obrigações do mundo em euros. Há pouca informação sobre o produto da DB Platinum Advisors, mas sabe-se que investe, maioritariamente, em títulos de dívida emitidos por estados soberanos e entidades supranacionais e, minoritariamente, em obrigações de empresas com bons ratings de dívida.
Credit Suisse BF Inflation Linked (Euro) B
Fundo de obrigações indexadas à inflação
Rendibilidade 2007: 1,74%
Risco: Médio baixo
Onde comprar: Banco Best
Alternativa: DWS Invest Inflation Protect LC
Os fundos indexados à inflação têm tido muito dificuldade em render mais do que a variação de preços rouba. Entre os fundos deste grupo com mais de três anos, o Credit Suisse BF Inflation Linked (Euro) B é o que mais se destaca. Mesmo assim, o gestor Alexandre Bouchardy não conseguiu ganhar mais de 1,60 por cento por cada ano desde que foi lançado em Setembro de 2003.
Merrill Lynch US Dollar Reserve HE2
Fundo de tesouraria em dólares
Rendibilidade 2007: 1,97%
Risco: Baixo
Onde comprar: ActivoBank7
Alternativa: Merrill Lynch Reserve HE2 (GBP)
Com as taxas dos depósitos a prazo nos Estados Unidos da América acima dos quatro por cento, era bom se se pudesse contratar um sem correr risco cambial. Este fundo serve para isso: a rendibilidade segue as taxas de juro norte-americanas, mas os gestores fazem cobertura cambial. Infelizmente, depois de comissões, impostos e custos de cobertura, a rendibilidade anual fica aquém dos dois por cento.
BPN Tesouraria
Fundo de tesouraria em euros
Rendibilidade 2007: 2,95%
Risco: Baixo
Onde comprar: Banco Português de Negócios
Alternativa: WestLB Mellon Euro Liquidity C
Quem contratou um depósito a prazo à taxa Euribor a 12 meses no final de 2006 ganhou 3,22 por cento em 2006, depois de pagar impostos. Os melhores fundos de tesouraria são os que mais se aproximam dessa meta. O BPN Tesouraria ganhou 2,93 por cento e todos os outros ficaram para trás.
Actualização
Em sintonia com o mercado
Os 4 fundos indicados no especial de fundos de 2007 renderam, em média, 0,37 por cento, o que é fraco, mas em linha com o universo de fundos. Quase metade - 46 por cento para ser exacto - dos 1818 produtos existentes no mercado tiveram um desempenho negativo no ano passado. O JPMorgan Europe Convergence Equity D foi o eleito que mais rendeu, pouco mais de 10 por cento, seguindo do BPI Reestruturações que ganhou 4,53 por cento. Os outros 2 fundos perderam: o BPI Obrigações de Alto Rendimento Alto Risco deslizou 4,25 por cento e o Sanpaolo Obiettivo Giappone RH 9,06 por cento.