Tem mais de 41,9 mil milhões de euros de fortuna pessoal, liderou a corrida de lucros da norte-americana Microsoft, que entre a entrada em bolsa nos anos 1980 e 2008 tinha crescido 40 000% em bolsa, mas Bill Gates é mais do que isso. Além de marcar agora presença nas reuniões da Berkshire Hathaway, a companhia liderada por Warren Buffett da qual detém ações, está no mercado acionista através da sua Fundação Bill & Melinda Gates. O fundo de ativos da fundação é gerido por Michael Larson e, no segundo trimestre do ano, o homem que esteve por detrás de uma das história mais lucrativas nos mercados financeiros juntou mais cinco ações ao seu portefólio, de acordo com os dados da Securities and Exchange Commission (SEC).
A maior compra no mercado acionista foi de títulos da Ecolab, uma companhia no negócio da higiene sanitária e controlo de pestes que tem como grande acionista (29%) a germância Henkel. As compras do fundo de Bill Gates pesaram 0,95% no total de ativos, mas na lista de cinco ações compradas há nomes mais conhecidos.
Marcas fortes em carteira
É o caso do Goldman Sachs, banco norte-americano que agora tem 500 mil ações nas mãos da fundação dos Gates e que foi a segunda maior aquisição de Michael Larson, no segundo trimestre de 2010, e da Coca-Cola. Não da The Coca-Cola Company, que oferece cerca de 400 marcas como Coca-Cola, Sprite e Powerade e que quase quadruplicou as vendas nos últimos 20 anos, mas da segunda maior engarrafadora da Coca-Cola, que opera na América Latina, a Coca-Cola FEMSA, que tem as suas ações cotadas na bolsa de Nova Iorque. Os títulos da engarrafadora valiam 44,58 dólares há um ano e estão agora a cotar acima dos 72 dólares, batendo máximos históricos.
Gates também andou na terra. A norte-americana Monsanto, a maior empresa de agricultura através de organismos geneticamente modificados e eleita companhia do ano pela revista Forbes, entrou numa carteira que vale 9,37 mil milhões de euros.
Além desta companhia o outro peso pesado nas compras foi a petrolífera ExxonMobil. A companhia que tem estado quase sempre na liderança das maiores empresas em capitalização bolsista nos últimos cinco anos e que é a maior das seis supermajor (termo usado para designar as maiores companhias petrolíferas não estatais) foi a terceira maior compra do homem que lançou o famoso sistema operativo Windows.