É difícil encontrar um elogio ou uma consideração positiva do Tribunal de Contas à atuação do Estado na Efacec nos últimos anos. O tribunal, responsável por fiscalizar as contas públicas, divulgou a auditoria que fez à empresa de engenharia e deixa duras criticas à nacionalização, em 2020, e à reprivatização, que aconteceu em 2023 com a venda à alemã Mutares.
Realizado a pedido do Parlamento, o relatório da auditoria à Efacec aponta para encargos para os contribuintes que podem ultrapassar os 560 milhões de euros (para já, há 484 milhões comprometidos), e admite que, na melhor das hipóteses, o dinheiro recuperado nunca vai superar os 400 milhões de euros.
Esta auditoria, que critica diretamente as ações do Governo de António Costa e a empresa estatal Parpública, foi divulgada ainda no mandato de José Tavares, que termina dentro de duas semanas, quando tomar posse a sua substituta, Filipa Calvão.