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Portugal arrisca voltar aos défices orçamentais crónicos? Economistas dividem-se, organizações nacionais e internacionais estão pessimistas

Maioria dos economistas espera superávite em 2025, apesar da redução do IRS, do ‘bónus’ para os pensionistas, e de mais despesa com defesa. A partir de 2026, com novas medidas já aprovadas, os défices orçamentais crónicos podem voltar. Organizações nacionais e internacionais estão pessimistas

Joaquim Miranda Sarmento, Luís Montenegro e Leitão Amaro no Parlamento
Nuno Fox

“Muito melhor do que no período homólogo de 2024”, “está melhor em toda a linha”. Foi assim que os economistas ouvidos pelo Expresso descreveram a situação orçamental portuguesa no primeiro semestre de 2025.

O excedente ultrapassou 2 mil milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano. Houve fatores pontuais que ajudaram muito, mas os economistas antecipam um superávite no final do ano, mesmo com as medidas de aumento da despesa e diminuição da receita já aprovadas pelo Governo. Contudo, há quem considere que 2025 pode fechar no vermelho.

Já a partir de 2026, as opiniões dos economistas dividem-se, e os défices crónicos nas contas públicas podem voltar a Portugal. É nesse sentido que apontam as principais organizações nacionais e internacionais, ainda sem sequer integrarem nas suas projeções a série de medidas já aprovadas pelo segundo Governo AD de Luís Montenegro.