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Contas Públicas

Governo traça linha vermelha nas negociações do IRS: "Todos os escalões têm de ter reduções das taxas marginais"

Governo continua a desafiar a oposição a negociar descida do IRS mas não abdica de uma redução de taxas em todos os escalões até ao penúltimo, por pequena que seja

Joaquim Miranda Sarmento no dia da tomada de posse.
Nuno Fox

Governo e oposição não se entendem sobre a polémica descida do IRS – que a oposição classifica de “dúbia”, “ludibriosa” e a maioria garante ter sido “transparente” - e continua sem chegar a acordo na forma como o imposto deve ser adicionalmente reduzido este ano. O Governo diz que “há chão comum e caminho” para uma proposta consensual, mas não abdica de descer as taxas de imposto em todos os escalões até ao penúltimo (ainda que o primeiro-ministro tenha colocado como fundamental o 6º escalão, sem falar nos seguintes), o PS riposta que a contraproposta que PSD e CDS entretanto fizeram também não vai ao encontro da necessária progressividade.

A prolongar-se o impasse, a redução do imposto poderá vir a ser sentida apenas em agosto ou setembro, admite já Joaquim Miranda Sarmento, que durante uma audição esta tarde na Assembleia da República evitou falar da ida a Bruxelas, onde ouviu o presidente do Eurogrupo e o comissário Europeu a garantir que, até ver, as contas públicas de Portugal estão de boa saúde.