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Contas Públicas

O corte de €1500 milhões prometido por Montenegro incluía o corte de Costa. A redução de €3 mil milhões no programa de governo afinal não

Governo desmentiu jornais e a oposição remetendo para o programa eleitoral do partido onde propunha uma redução de três mil milhões de euros em IRS durante a legislatura, onde há uma redução de dois mil milhões face a 2023 em taxas e isenção do 15º mês. Fonte oficial do Governo diz agora que a redução é adicional e não contempla impacto da descida de António Costa

Na tomada de posse, Montenegro prometeu cumprir as promessas de desagravamento fiscal
Tiago Miranda

Esta sexta-feira, fonte oficial do Governo garantiu aos jornalistas que, quando em campanha eleitoral prometeu descer o IRS em €3 mil milhões, Luis Montenegro estava a falar num bolo global, de novas medidas, e que este valor não tem em conta a descida do IRS que já foi implementada pelo anterior Governo e já está a ser sentida pelos contribuintes. Os 3 mil milhões de euros é a “poupança em 2028 da soma das medidas adotadas em 2024, e não face a 2023”, referiu.

No fim de semana, o Governo emitiu um comunicado para explicar a polémica descida do IRS dizendo que “a medida anunciada pelo Primeiro-Ministro é a de sempre e consistentemente a mesma” e que, quer agora, quer na campanha eleitoral, quando falou em reduzir o IRS, estava sempre a referir-se a uma redução “face a 2023”, que já inclui o alívio fiscal do anterior Governo.

O Governo garante que as duas explicações não são incompatíveis.