O saldo orçamental ajustado das Administrações Públicas (AP) melhorou nos primeiros 11 meses do ano, para um excedente de 6387 milhões de euros. São mais 172 milhões de euros face a outubro e mais 4306 milhões em comparação com o mesmo período de 2022, revelou esta sexta-feira, em comunicado, o Ministério das Finanças, sobre o mais recente boletim de execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO).
A melhoria do saldo orçamental em relação a 2022 resulta de um aumento da receita (10,4% em termos ajustados) superior ao da despesa (8%, se ajustado do efeito das medidas de covid-19).
Do lado da receita, o gabinete de Medina destaca “a resiliência do mercado de trabalho” que levaram a um aumento de 14,7% do IRS e de 10,7% das contribuições sociais.
Do lado da despesa há vários fatores a ter em conta, nomeadamente o aumento de 7,7% das despesas com pessoal, “refletindo as atualizações transversais remuneratórias dos trabalhadores das Administrações Públicas, o impacto do aumento da remuneração mínima mensal garantida e o aumento do subsídio de refeição”, com as Finanças a destacar “o contributo dos salários do SNS (+8,3%) e da PSP e GNR (+8,6%)”.
Ainda do lado da despesa, importa referir o aumento de 6,4% com aquisição de bens e serviços, de 11,3% com investimento na Administração Central e Segurança Social e de 14,6% com prestações sociais.