António Costa Silva, ministro da Economia, estima que Portugal feche o ano de 2023 com um crescimento económico acima dos 3%, uma previsão muito mais otimista do que a do Governo no Orçamento do Estado para este ano, de 1,9%.
Em entrevista ao Público e à Rádio Renascença publicada esta quinta-feira, 1 de junho, Costa Silva disse que, com base no “comportamento extraordinário das exportações”, antecipa que “se chegue ao fim do ano na ordem dos 3%”. "Estamos nos 2,5%, se tivermos 3% ou um bocadinho acima disso seria um resultado magnífico”, frisou.
"Em 2022, pela primeira vez, as exportações chegaram a 50% do PIB e as exportações estão a puxar pela economia portuguesa. Qual é o elemento aqui comparando com 2022, que provavelmente não vai ter o mesmo impulso? É o consumo interno", detalhou.
A comprometer esta possibilidade pode estar um aprofundamento da recessão na Alemanha, “outro grande imponderável". "Aí já não conseguiríamos atingir os 3%”, reconheceu.
“Por enquanto, é uma recessão técnica. É muito possível que a Alemanha ainda recupere. Mas se isso não acontecer, a recessão na Alemanha, se continuarmos a ter um comportamento expressivo das exportações e a redução da taxa de inflação e das taxas de juro, vou ver na segunda parte do ano mais contribuição do consumo interno”, descreveu.