O Tesouro português já se distanciou do grupo de risco de dez economias periféricas do euro, onde se situam Espanha, Grécia e Itália, como está a caminho de deixar para trás a Bélgica e França nos próximos cinco meses.
Com base nas projeções do algoritmo do portal financeiro World Government Bonds (WGB) para os juros dos títulos a 10 anos, o Expresso calculou a previsão do spread exigido pelos investidores para a divida pública de longo prazo portuguesa, que vai ser inferior ao requerido para a dívida belga e francesa já em setembro.
Bélgica e França são consideradas economias do ‘centro’ da zona euro, mas, na realidade, registam previsões de défice orçamental e de nível de endividamento público em relação ao Produto Interno Bruto superiores às portuguesas para 2023 ou 2024, atendendo aos próprios cálculos oficiais apresentados recentemente a Bruxelas nos Planos de Estabilidade até 2026 ou 2027.