Há 130 profissionais de 21 nacionalidades no centro global da Airbus, em Lisboa, no Parque das Nações, mas o plano a curto prazo é ampliar a operação, com mais 300 trabalhadores, e até 2025 superar as 800 pessoas. Tudo porque é para Portugal que serão transferidos todos os serviços da líder mundial do setor aereoespacial.
A novidade foi avançada à imprensa por Charles Huguet, diretor geral da Airbus Portugal, há oito meses no cargo e a viver em Lisboa. O talento dos profissionais, a segurança do país, a qualidade de vida e a proximidade cultural foram trunfos na opção por Lisboa, que teve a concorrência dos países do Leste europeu, avançou o gestor. Mas não só. Charles Huguet salientou também a importância do ecossistema que existe no setor da aeronáutica em Portugal.
A subsidiária da Airbus já emprega mais de 130 pessoas nas áreas administrativa, transacional e serviços IT (tecnologias de informação) e agora está à procura de "recrutar 300 talentos adicionais", nas áreas das finanças, recursos humanos, compras, gestão de informação, engenharia, comunicação, serviços ao cliente, entre outros.
Uma das áreas onde a Airbus está mais ativamente a recrutar neste momento é a das finanças, explicou Charles Huguet, sublinhando que a companhia oferece uma perspetiva de progressão na carreira e um pacote salarial muito atrativo, que inclui ações da Airbus.
Foi ano passado que a Airbus instalou em Lisboa o seu 'global business services center' (GBS). A empresa está numas instalações provisórias, e espera em outubro avançar para um novo escritório também na zona do Parque das Nações, com espaço suficiente para albergar mais de 800 trabalhadores, número que espera atingir em 2025. Para já a empresa vai concentrar os serviços da Airbus EUA e Canada, mas no futuro concentrará os serviços globais.
"O céu é o limite", disse Charles Huguet, sublinhando que esta é uma máxima da fabricante de aviões. O objetivo deste centro é trazer eficiência à Airbus e ser multifuncional, explicou. Cerca de 70% dos trabalhadores atualmente são portugueses, mas o plano é as equipas integrarem pessoas de todas as nacionalidades e valências, sublinhou o gestor.
"Vamos contratar o talento onde ele estiver", afirmou Charles Huguet, admitindo que no futuro a empresa pode inclusive abrir mais escritórios em outras regiões do país, e citou como exemplo cidades como Braga e Coimbra.
A Airbus explica, em comunicado, que quando "identificou a necessidade de criar um novo 'global business service center' centralizado e especializado, Lisboa surgiu como um hotspot claro para a Europa. Tem os requisitos certos desde a disponibilidade de especialistas e talentos, presença local comprovada da indústria GBS e um ambiente de trabalho "favorável".
Charles Huguet explicou que a Airbus está a trabalhar com as universidades e instituições portuguesas, nomeadamente o Instituto Superior Técnico e o Politécnico de Setúbal, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a AICEP e a AED.