Economia

Oni vai investir 30 milhões em Portugal até 2025

O novo serviço da Oni, numa primeira fase, estará disponível em Lisboa, Porto, e em mais nove cidades com zonas empresariais, entre elas Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro e Viseu

Foto: Getty Images

Focada no mercado de médias empresas, que quer liderar, a Oni vai reforçar o investimento no mercado português. Lançou esta quinta-feira um serviço, cujo objetivo é massificar a oferta de banda larga de 10 gigabites por segundo.

Detida pelo grupo espanhol Gigas, a Oni espera nos próximos três anos cobrir 120 mil empresas em Portugal, das quais 52 mil estão dentro do seu alvo empresarial, onde se incluem empresas com quatro a 250 trabalhadores. O investimento neste novo produto de banda larga será de 30 milhões de euros, a efetivar até 2025. O valor de entrada é de 25 euros mensais e não exige fidelização.

“Começámos já em 2021 [a fazer o investimento], no desenvolvimento desta rede de nova geração XGSPON, uma rede que permite fazer débitos até 10 gigabits por segundo, simétricos, sem qualquer tipo de contenção”, explicou o presidente executivo da Oni, Nuno Saraiva, citado pela Lusa. E explicou: “trata-se de uma tecnologia distinta, que implica que a rede esteja dedicada exclusivamente ao mercado empresarial”. O que afirma ser uma vantagem face aos concorrentes “cujas redes foram desenhadas para servir o mercado residencial, com larguras de bandas mais pequenas, até um gigabit e não 10 gigas como a rede da Oni e, sobretudo, são redes assimétricas”.


A oferta de 10 gigabits por segundo, lançada esta quinta-feira, destina-se exclusivamente a clientes empresariais, e de acordo com Nuno Saraiva tem uma qualidade de serviço e um preço inéditos para as pequenas e médias empresas. Estará disponível em Lisboa e no Porto, e em mais nove cidades do país com zonas empresariais selecionadas, nomeadamente Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Leiria, Setúbal e Viseu, de acordo com a empresa.

A Oni espera alcançar com este serviço 20 mil a 30 mil empresas no primeiro ano, e chegar ao fim do terceiro com 70 mil novos clientes. O alvo são as PME com entre quatro e 250 empregados.

Diego Cabezudo tem como ambição colocar a Oni, que tem como trunfo a conexão de redes com Espanha, como líder na área das empresas média dimensão, segmento em que considera haver muitas oportunidades, porque é um mercado pouco explorar pelos três grandes operadores: MEO, NOS e Vofafone.


A ambição de crescimento é grande, mas para já a empresa não divulga quantos novos postos de trabalho espera criar.

A nova rede da Oni, explica a empresa, está apoiada na infraestrutura de fibra ótica, com 9.200 quilómetros de cabos óticos, espalhados por todo o país e mais de 75.800 quilómetros de pares de fibras, num investimento acumulado de 550 milhões de euros.

Em Portugal, a Oni tem como clientes mais de 1100 médias e grandes empresas e mais de 20 anos de história. Em 2020 foi adquirida pelo grupo espanhol Gigas, liderado por Diego Cabezudo, que investiu 40 milhões de euros. A operação portuguesa alargou a sua oferta a serviços de segurança e de cloud (núvem), área a que se dedica o novo acionista. A Gigas é uma multinacional espanhola, cotada na Bolsa de Madrid desde 2015, e especializada em soluções convergentes de comunicações, cloud e segurança e criada há dez anos.